Partido Liberal vence eleições no Canadá com maioria absoluta
O líder dos liberais, Justin Trudeau, se transformará no próximo primeiro-ministro canadense
O Partido Liberal, atualmente na oposição, ganhou nesta segunda-feira as eleições gerais do Canadá e obteve a maioria absoluta das cadeiras do Parlamento, segundo as projeções da televisão pública canadense CBC. Assim, o líder dos liberais, Justin Trudeau, se transformará no próximo primeiro-ministro do Canadá. Justin Trudeau, filho do histórico líder do partido e ex-premiê Pierre Trudeau, será o segundo primeiro-ministro mais jovem do Canadá, com 43 anos, depois do conservador Joe Clark, eleito aos 39 anos. Entre os países do G7 (grupo que reúne as principais economias mundiais), Trudeau também está entre os mais jovens, ao lado do italiano Matteo Renzi, de 40 anos.
As projeções indicam que o Partido Liberal obterá mais de 180 deputados entre as 338 cadeiras disponíveis na Câmara Baixa do Parlamento. O Partido Conservador ficaria no segundo lugar, com cerca de 100 cadeiras, seguido pelo social-democrata Novo Partido Democrático (NPD), com 35. Leia também Canadá retira exigência de vistos para brasileiros Vídeo: Candidato ao Parlamento do Canadá é flagrado urinando em canecaA ampla vitória dos liberais é uma surpresa. O partido foi o grande derrotado nas eleições anteriores, em 2011, quando obteve o pior resultado de sua história com apenas 34 deputados. No início da campanha eleitoral, os liberais se situavam em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do NPD e do Partido Conservador. O resultado também é uma clara rejeição ao Partido Conservador e ao atual primeiro-ministro Stephen Harper, que governou o Canadá durante quase uma década, mas só obteve a maioria absoluta no Parlamento nas eleições de 2011.
A crise econômica e um potencial risco de recessão foram os principais motivos que afetaram o desempenho de Harper nas urnas. O Produto Interno Bruto (PIB) canadense caiu por cinco meses consecutivos, de janeiro a maio de 2015, devido à baixa do preço do petróleo e à desaceleração chinesa.
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