Zelotes: ex-executiva do MDIC recebeu quase R$ 1,5 milhão em propina, aponta investigação
Lytha Battiston Spíndola teria recebido dinheiro para facilitar suposta 'compra' de extensão de MPs favoráveis ao setor automotivo
Os valores teriam sido pagos pela Marcondes e Mautoni, que está no centro da nova fase da Operação Zelotes. Vladimir Spíndola é apontado como sendo um dos parceiros de Edison Pereira Rodrigues, um dos sócios da SGR Consultoria, outra empresa que está no alvo das investigações.
Nesta segunda-feira, foram expedidos mandados de condução coercitva contra Lytha e Vladimir como parte de nova fase da Operação Zelotes, que tem como foco a investigação de um suposto esquema de lobby e corrupção para 'comprar' medidas provisórias favoráveis ao setor automotivo. O site de VEJA tentou entrar em contato Lytha e seus filhos por meio do escritório Spíndola Palmeira Advogados e da Green Century, mas não conseguiu localizá-los.
Além de Lytha, a PF também investiga Ivan Ramalho, ex-secretário-executivo do MDIC entre 2005 e 2010 que é citado em anotações do lobista Alexandre Paes do Santos.
Lytha é mestre em economia pela Universidade de Brasília e ingressou na carreira pública como auditora da Receita Federal, em 1981. Entre os cargos ocupados, ela foi secretária de Comércio Exterior do MDIC (1999/2003) e secretária-adjunta da Receita Federal do Ministério da Fazenda (1995/1999). Antes de ser secretária-executiva da Camex, foi consultora de assuntos tributários do FMI (2003/2005) e adida tributária e aduaneira da embaixada do Brasil nos EUA (2005/2007).
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