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Zelotes: ex-executiva do MDIC recebeu quase R$ 1,5 milhão em propina, aponta investigação

Lytha Battiston Spíndola teria recebido dinheiro para facilitar suposta 'compra' de extensão de MPs favoráveis ao setor automotivo

A secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior, Lytha Battiston Spíndola
A ex-secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior, Lytha Battiston Spíndola.
Uma ex-secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), é suspeita de ter recebido quase 1,5 milhão de reais em propina pelo envolvimento no esquema que resultou na extensão de medidas provisórias que favoreceram empresas do setor automobilístico. Segundo investigadores, Lytha Battiston Spíndola, exonerada no fim de 2012, recebeu, em 2010, um total de 506.790 reais em propina por intermédio do escritório de advocacia Spíndola Palmeira Advogados, de Vladimir Spíndola Silva e Camilo Spíndola, seus filhos. Outros 913.301 reais foram recebidos, entre 2011 e 2012, por meio da Green Century Consultoria Empresarial, outra empresa familiar dos Spíndola, totalizando 1,42 milhão de reais.
Os valores teriam sido pagos pela Marcondes e Mautoni, que está no centro da nova fase da Operação Zelotes. Vladimir Spíndola é apontado como sendo um dos parceiros de Edison Pereira Rodrigues, um dos sócios da SGR Consultoria, outra empresa que está no alvo das investigações.
Nesta segunda-feira, foram expedidos mandados de condução coercitva contra Lytha e Vladimir como parte de nova fase da Operação Zelotes, que tem como foco a investigação de um suposto esquema de lobby e corrupção para 'comprar' medidas provisórias favoráveis ao setor automotivo. O site de VEJA tentou entrar em contato Lytha e seus filhos por meio do escritório Spíndola Palmeira Advogados e da Green Century, mas não conseguiu localizá-los.
Além de Lytha, a PF também investiga Ivan Ramalho, ex-secretário-executivo do MDIC entre 2005 e 2010 que é citado em anotações do lobista Alexandre Paes do Santos.
Lytha é mestre em economia pela Universidade de Brasília e ingressou na carreira pública como auditora da Receita Federal, em 1981. Entre os cargos ocupados, ela foi secretária de Comércio Exterior do MDIC (1999/2003) e secretária-adjunta da Receita Federal do Ministério da Fazenda (1995/1999). Antes de ser secretária-executiva da Camex, foi consultora de assuntos tributários do FMI (2003/2005) e adida tributária e aduaneira da embaixada do Brasil nos EUA (2005/2007).

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