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Operador do PMDB cita pagamento de R$ 2 milhões para quitar dívida de nora de Lula, diz TV

Fernando Baiano diz que dinheiro foi repassado a pedido do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente

Fernando Soares, o Fernando Baiano, durante a CPI da Petrobras na sede Justiça Federal Curitiba (PR) - 11/05/2015
Fernando Soares, o Fernando Baiano, durante a CPI da Petrobras na sede Justiça Federal Curitiba (PR) - 11/05/2015()
O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou que pagou 2 milhões de reais para quitar uma dívida de uma das noras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Operador do PMDB no petrolão, ele disse que o repasse foi cobrado por um amigo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, de quem buscou auxílio para favorecer a empresa OSX na exploração do pré-sal. Soares fez essa declaração à força-tarefa da Operação Lava Jato no mês passado, em acordo de colaboração premiada, segundo o Jornal Nacional, da TV Globo.
Conforme o telejornal, Baiano explicou aos investigadores que trabalhava para que a OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, fosse convidada pela SeteBrasil a participar de contratos que seriam fechados com a Petrobras. Para tanto, Baiano contou que pediu a ajuda de Bumlai e que o próprio Lula fez reuniões com a cúpula da SeteBrasil em favor da OSX.
As tratativas, contudo, não deram certo, mas José Carlos Bumlai teria cobrado mesmo assim uma comissão de 3 milhões de reais para pagar a uma nora de Lula - ela teria uma dívida, uma parcela de um imóvel, a ser quitada. Segundo a TV Globo, Baiano afirmou ter repassado 2 milhões de reais a Bumlai por meio de um contrato falso de aluguel de equipamentos de uma companhia do empresário.
Lula negou ao telejornal ter atuado como intermediário de empresas e disse que nunca autorizou Bumlai a fazer lobby em seu nome. Segundo o petista, nenhuma de suas quatro noras recebeu dinheiro de Baiano.
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Lobby - Nesta quinta-feira, Lula teve de dar esclarecimentos ao Ministério Público sobre as nebulosas articulações que fez ao longo dos anos em benefício de companhias nacionais. Como esperado, negou ter interferido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor da empreiteira Norberto Odebrecht, cujos executivos integram a extensa lista de réus da Lava Jato. Ainda assim, o petista tentou justificar o lobby feito em favor de empresas brasileiras e disse que "sempre procurou ampliar as oportunidades de divulgação dessas companhias no exterior, com vistas à geração de empregos e de divisas para o Brasil".

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