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Após 500 anos, governo britânico vende sua última parte na Royal Mail

Privatização da empresa de serviços postais é a mais importante desde a era da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher

Um veículo da Royal Mail em 1929
Veículo da Royal Mail, em 1929: empresa foi criada pelo rei Henrique VIII.
O governo britânico começou nesta segunda-feira o processo para vender a última fatia que ainda detém da Royal Mail, empresa de serviços postais criada há 500 anos pelo rei Henrique VIII. A fatia remanescente do governo é de 14,1%.
As ações da Royal Mail fecharam nesta segunda-feira negociadas por 472,2 centavos de libras. Com a venda de 140 milhões de ações anunciada nesta segunda-feira, o Estado pode ganhar 660 milhões de libras (o equivalente a 3,8 bilhões de reais).
A privatização da Royal Mail, a mais importante desde a era da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, começou no final de 2013 pela iniciativa do governo conservador de David Cameron. "As condições de mercado atuais devem permitir uma venda de sucesso", afirmou nesta segunda um porta-voz do ministério de Empresas.
As origens da Royal Mail remontam aos primeiros anos da dinastia Tudor. Desde então, a empresa sempre esteve em mãos públicas. Brian Tuke foi nomeado em 1512 o primeiro "mestre de postagens", construindo para Henrique VIII uma rede postal por toda a Inglaterra.
A modernização dos meios de transporte desenvolveu o serviço e tornou a Royal Mail a empresa com mais trabalhadores do país, segundo a companhia.

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