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Petrobras oferece risco para rating do Brasil, diz Moody's

Segundo a agência de classificação de crédito, estatal brasileira está entre as petrolíferas que representam 'alto nível de suporte para seus respectivos governos'

Petrobras aumenta o preço da gasolina em 6% e o do diesel em 4%
Petrobras (/Reuters)
A agência de classificação de risco Moody's publicou relatório em que afirma que companhias de petróleo nacionais com altos níveis de dívida e reduzida capacidade financeira impõem riscos para os ratings soberanos de seus países-sede. Entre essas companhias, a Moody's destacou a Petrobras.
Segundo a agência, entre os países latino-americanos nos quais as companhias de petróleo nacionais apresentam o maior risco estão o Brasil, com a Petrobras, e o México, com a Pemex. A Moody's destaca no relatório que tanto a Petrobras quanto a Pemex são "companhias integradas cujos ratings refletem um alto nível de suporte implícito dos respectivos governos". Na avaliação da Moody's, o Brasil recebe a nota de classificação de risco "Baa3", apenas uma acima do nível considerado mais arriscado ("junk") para os investidores na escala da agência.
"Três fatores principais podem prejudicar a capacidade de uma companhia de petróleo nacional pagar o serviço de suas dívidas e podem levar à materialização de obrigações contingentes para o soberano: choques no preço do petróleo, perdas graduais mas persistentes ou riscos de governança corporativa", afirmou o vice-presidente e analista sênior da Moody's, Jaime Reusche. "As companhias que impõem o maior risco têm uma combinação de robustez financeira relativamente baixa e níveis de dívida relativamente altos", acrescentou.
O relatório também menciona a Petrotrin, de Trinidad & Tobago, e a PdVSA, da Venezuela. "Na América Latina, das oito companhias que acompanhamos, o maior aumento na dívida relativa ao tamanho da economia durante os últimos cinco anos ocorreu na PdVSA. Essa companhia em particular enfrenta riscos soberanos maiores entre todos os seus pares e tem o rating mais baixo", afirmou Reusche.
A Moody's citou ainda a KazMunayGas, do Casaquistão, e a Companhia Estatal de Petróleo da República do Azerbaijão.

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