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Zavascki autoriza abertura de novo inquérito contra Cunha

Pedido de investigação feito por Janot decorre da descoberta de contas secretas na Suíça das quais Cunha seria beneficiário

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se encontra com trabalhadores e sindicalistas no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, região central da capital paulista, durante a manhã desta sexta feira (21)
Repetindo a tese de que é perseguido pela PGR, Cunha afirmou que "quinta é o dia normal" para serem divulgadas notícias contra ele(AFP)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki atendeu à Procuradoria-Geral da República e autorizou a abertura de uma novo inquérito contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido de investigação decorre da descoberta de contas secretas na Suíça das quais Cunha seria beneficiário. A mulher do presidente, Claudia Cruz, e sua filha, Danielle Cunha, também são citadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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Delator relata entrega de R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo para Cunha
Na semana passada, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil documentos que mostram a origem do dinheiro encontrado nas contas atribuídas a Cunha. De acordo com os investigadores da Operação Lava Jato, os valores podem ser fruto de propina relacionada a um negócio de US$ 34,5 milhões que a Petrobras fechou em Benin, na África.
Com o novo inquérito, Cunha passa a ser alvo de dois processos no Supremo. Em agosto, Janot denunciou o presidente da Câmara dos Deputados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na denúncia apresentada ao Supremo, Janot afirmou que Cunha recebeu U$S 5 milhões por meio de empresas sediadas no exterior e de fachada em um contrato de navios-sonda da Petrobras.
Cunha negou ter recebido propina ou manter contas secretas no exterior. Ele foi citado diversas vezes por outros alvos da Lava Jato. Nesta quinta-feira, o 'Jornal Nacional' reportou mais uma menção ao peemedebista. Fernando Soares, operador do PMDB no petrolão, afirmou em acordo de delação premiada que levou de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo ao escritório de Cunha.
Antes que o STF aceitasse o pedido de inquérito, Cunha minimizou a nova investida do Ministério Público. Repetindo a tese de que é perseguido pela PGR, ele afirmou que "quinta é o dia normal" para serem divulgadas notícias contra ele. "Vamos ver o que vai sair na semana que vem. Já estamos habituados", ironizou.
(Com Agência Brasil)

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