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'Não tenho planos de renunciar', diz Levy

Em entrevista ao canal CNN, ministro da Fazenda ouve de um veículo estrangeiro o questionamento sobre sua permanência pela segunda vez em dois dias

O ministro da Fazenda Joaquim Levy participa de audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF) - 14/10/2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy/Reuters)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira que não pretende renunciar ao cargo, no qual tem sido alvo de críticas de membros do governo e de parte do PT. "Eu não tenho planos (de renunciar)" disse Levy, em entrevista ao vivo ao apresentador Richard Quest, do escritório do canal CNN em Londres.
Foi a segunda vez em dois dias que um veículo estrangeiro lançou a pergunta ao ministro. Nesta terça-feira, em evento da revista The Economist, em São Paulo, Levy ouviu de um dos anfitriões a pergunta "o que você precisa para renunciar?" Na ocasião, o ministro desconversou e não foi enfático ao dizer que não sairia do cargo.
Na fala à CNN, Levy mudou a abordagem e foi explícito ao dizer que não tinha planos de deixar o cargo. Em seguida, disse que o tema "não era o mais importante", e que o que realmente importava era seguir com os esforços de melhora da economia brasileira.
O ministro falou que o Brasil passa por um momento de dificuldade, depois de ter passado relativamente bem da crise mundial surgida em 2008. "O que estamos vivendo agora outros países, no mundo todo, como Estados Unidos, Reino Unido e França, viveram há alguns anos", disse.
Ele também afirmou que uma eventual alta de juros nos Estados Unidos é algo natural e que, quando ocorrer, será um sinal de que a maior economia do mundo se recuperou e está em situação saudável. Nesta quarta-feira, o Fed, banco central americano, manteve a taxa de juros na faixa entre 0% e 0,25%, mas deixou a porta aberta para elevá-la em dezembro.

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