A China “não está com medo de começar uma guerra com os EUA”, diz jornal estatal
Enquanto o governo é comedido em suas respostas, a imprensa oficial chinesa joga para o público e pede por ações concretas de Pequim contra os Estados Unidos
A resposta da mídia estatal veio após o governo americano anunciar que enviaria mais navios para a região. "Faremos de novo. Navegamos nas águas internacionais quando e onde decidirmos", disse uma fonte da Marinha dos Estados Unidos à agência France-Presse. A movimentação americana também despertou retaliações de Pequim, que convocou o embaixador americano no país, Max Baucus, e denunciou a aproximação do navio como uma ameaça "ilegal" à sua soberania.
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O jornal China Daily, também controlado pelo governo chinês, afirmou que os EUA estão "criando problemas sem motivo". "O navio de guerra dos EUA mostra exatamente quem é que está promovendo a militarização do Mar da China Meridional," dizia seu editorial. O Diário do Exército da Libertação do Povo, o jornal oficial do Exército chinês, também se posicionou, afirmando que "os Estados Unidos tem o objetivo de semear a discórdia na região, como fez no Oriente Médio". Segundo o diário, as ações americanas "agravam a segurança regional e prejudicam os interesses regionais e nacionais, expondo o seu lado irracional, arrogante e rude".
Enquanto a reação dos diferentes meios de imprensa oficiais é aguda e incisiva, mais voltada para satisfazer o público interno, o governo chinês tem sido mais cauteloso em suas respostas oficiais. Pequim se limitou a declarações firmes em vez de ações concretas no Mar da China Meridional. O Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou nesta quarta em seu site que o vice-ministro executivo Zhang Yesui declarou ao embaixador Max Baucus que os EUA agiram em desafio às repetidas objeções chinesas e que haviam ameaçado a soberania e a segurança da China. Sem dar detalhes, Zhang afirmou que a manobra "provocativa" da terça-feira também colocou pessoas e a infraestrutura das ilhas em risco. O Departamento do Estado não quis confirmar o encontro do embaixador nem comentar o assunto.
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