Depois de mais de dois anos, Pizzolato chega ao Brasil para cumprir pena
Escoltado por três policiais federais brasileiros e uma médica, ele desembarcou por volta das 6h45 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo
Pizzolato saiu de Milão na noite de quinta-feira. Ele foi o primeiro a entrar no avião, na noite de quinta, sendo locado no último lugar, ao lado do banheiro. Ao seu lado, um agente da PF. Nos dois bancos da frente, mais um agente e uma médica. Do outro lado do corredor, mais um delegado. Ele não precisou fazer o check-in e nem passou pelo controle de passaportes. Sua mala foi despachada junto com a dos delegados que conduziram a operação. Na capital paulista, ele fez os procedimentos de registro de entrada no país. Ainda no aeroporto, embarcou em um jatinho da Polícia Federal com destino a Brasília, onde cumprirá pena na Penitenciária da Papuda.
A chegada ao Brasil do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) encerra um capítulo na história da fuga de um dos condenados no processo do mensalão.
O ex-diretor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato, mas, por ter dupla cidadania, fugiu para a Itália em setembro de 2013, antes do fim do julgamento, com um passaporte falso em nome de um irmão morto. Pizzolato foi o único dos condenados que fugiu. Ele foi preso em fevereiro do ano passado em Maranello, na Itália.
Em outubro de 2014, chegou a ser solto pela Corte de Apelação de Bolonha, que negou sua extradição.
No entanto, posteriormente, a Corte de Cassação de Roma e o Ministério da Justiça da Itália confirmaram a expulsão. Seguiu-se uma série de recursos administrativos e na Corte Europeia de Direitos Humanos, mas todos foram negados.
No dia 6 de outubro, a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou a última tentativa de recurso de Pizzolato contra sua extradição para o Brasil. No recurso protocolado na corte, a defesa, como nas demais ações contra a extradição, voltou a alegar que os direitos humanos não são respeitados nos presídios brasileiros. O argumento foi usado para que o ex-diretor do BB continuasse na Itália.
Corte Europeia nega recurso e mantém extradição de Pizzolato
(Com Agência Brasil)
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