Pular para o conteúdo principal

Partido de Netanyahu vence as eleições em Israel

Legenda conquistou 29 cadeiras no Parlamento, contra 24 da rival União Sionista. Resultado deve garantir o quarto mandato do atual primeiro-ministro

Em Tel Aviv, Netanyahu comemora a vitória do Likud nas eleições de Israel
Em Tel Aviv, Netanyahu comemora a vitória do Likud nas eleições de Israel(/AFP)
O partido nacionalista Likud, liderado pelo atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, conquistou o maior número de cadeiras nas eleições parlamentares de Israel, indicou a Comissão Eleitoral do país após a apuração de quase 100% das urnas. O Likud obteve 29 assentos dos 120 que formam o Knesset, o Parlamento de Israel. Principal rival da sigla de Netanyahu, a União Sionista, liderada pelo trabalhista Isaac Herzog, conquistou 24 cadeiras.
O resultado representa uma vitória clara e surpreendente de Netanyahu sobre Herzog, depois de pesquisas eleitorais indicarem um empate técnico entre os dois partidos. A estratégia do atual premiê de adotar um tom combativo e focar no eleitorado da direita na reta final, porém, parece ter sido decisiva na disputa. Dessa forma, Netanyahu parte para o seu quarto mandato como primeiro-ministro - o terceiro consecutivo. "Contra todos os prognósticos, uma grande vitória para o Likud. Uma grande vitória para o povo de Israel", escreveu o premiê no Twitter antes mesmo da apuração.
Leia também:
Netanyahu descarta criação de Estado palestino
Alianças - A nova formação do Parlamento israelense deve permitir a Netanyahu costurar uma coalizão governista com uma maioria de 67 cadeiras no Knesset apenas com os partidos de direita - nacionalistas e religiosos -, sem precisar fazer concessões à oposição de esquerda. O premiê declarou que já conversou com seus prováveis aliados e que tem a intenção de formar o novo governo em um prazo de duas a três semanas.
Uma possível dor de cabeça para Netanyahu na formação da coalizão será o novato partido de centro-direita Kulanu, liderado por Moshe Kahlon, que virou peça-chave nas negociações com as dez cadeiras conquistadas. Apesar da proximidade ideológica com o Likud, o Kulanu é uma dissidência do partido de Netanyahu. A sigla surgiu após Kahlon romper com o premiê por divergências. O líder do Kulanu evitou revelar se vai apoiar Netanyahu e se limitou a dizer que seu partido "seguirá seu caminho em defesa da classe média e baixa".
Pouco depois da divulgação das urnas, o líder trabalhista Isaac Herzog parabenizou Netanyahu em um telefonema e reconheceu a derrota. "Mas que fique claro aos cidadãos de Israel: nada mudou, seguiremos dirigindo a União Sionista com força e inteligência como alternativa", declarou.
Além da vitória de Netanyahu, as eleições israelenses também registraram um desempenho impressionante da Lista Árabe Conjunta, que representa a minoria árabe de Israel. O partido conseguiu um expressivo resultado de 14 cadeiras no novo Parlamento, três a mais que o partido de centro, Yesh Atid. O Kulanu, de centro-direita, aparece logo depois, com dez assentos, enquanto o ultranacionalista Lar Judaico ficou com oito cadeiras, uma a mais que o ultraortodoxo Shas.
O triunfo do Likud mostra que a estratégia de Netanyahu na reta final da campanha deu certo. Nos últimos dias, o premiê intensificou sua retórica nacionalista em busca dos votos da direita. Na segunda, ele descartou a possibilidade de criação de um Estado palestino enquanto ocupar o cargo de primeiro-ministro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p