Pular para o conteúdo principal

    Iêmen está à beira de uma guerra civil, alerta ONU

    Conselho de Segurança adverte que avanço dos rebeldes xiitas pode arrastar outros países para o conflito, além de abrir espaço para a atuação de grupos terroristas

    Rebeldes xiitas houthis patrulham uma rua da capital do Iêmen, Sanaa. A minoria invadiu a residência do presidente Abd-Rabbu Mansour
    Rebeldes xiitas houthis patrulham uma rua da capital do Iêmen, Sanaa(Reuters)
    "Os acontecimentos no Iêmen estão empurrando o país para a beira de uma guerra civil", alertou neste domingo o enviado especial da ONU na região, que convocou governistas e rebeldes a resolverem suas tensões pacificamente.
    Empobrecido, porém estratégico, o Iêmen mergulhou no caos nos últimos meses, com o avanço dos rebeldes xiitas da milícia Houthis. Aliados do Irã, eles tomaram o controle da capital Sanaa no início de fevereiro, dividindo o país e forçando o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi a renunciar e fugir para o sul do Iêmen.
    LEIA TAMBÉM:
    Suicidas atacam mesquitas no Iêmen e matam mais de 120
    Rebeldes xiitas anunciam tomada do poder no Iêmen
    Terrorismo - Diplomatas temem que os vizinhos e rivais regionais Arábia Saudita e Irã possam se envolver diretamente no conflito. Há também a preocupação de que grupos terroristas como a Al Qaeda, que tem um de seus braços mais ativos no Iêmen, possam se aproveitar da deterioração política do país - em um cenário similar ao que ocorreu na Síria, no Iraque e na Líbia. Na sexta, um ataque terrorista reivindicado pelo grupo sunita Estado Islâmico atingiu mesquitas frequentadas pelos houthis em Sanaa deixando mais de 120 mortos.
    Neste domingo, o Conselho de Segurança da ONU declarou apoio unânime ao presidente Hadi e à "integridade territorial" do país. O enviado especial da ONU Jamal Benomar, que tentou mediar o conflito por alguns meses, advertiu que os acontecimentos recentes parecem empurrar o Iêmen para uma guerra civil. "O país vai mergulhar em mais violência e desarticulação", alertou. Benomar pediu o fim das hostilidades entre rebeldes e governistas no Iêmen: "O diálogo pacífico é a única forma de avançar".
    A ONU também criticou as práticas dos rebeldes xiitas e acenou com novas sanções contra o grupo. O Conselho de Segurança afirmou que "condena as ações unilaterais praticadas pelos houthis, que minam o processo de transição política no Iêmen, e põem em risco a segurança, a estabilidade, a soberania e a unidade do Iêmen".
    (Com Agência France-Presse)

    Comentários

    Postagens mais visitadas deste blog

    Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
    Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
    Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.