EUA lançam ataques aéreos para apoiar forças iraquianas contra o EI em Tikrit
Governo americano relutava em entrar no combate contra o Estado Islâmico em Tikrit devido ao envolvimento do Irã na ofensiva por terra na cidade
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos contra o EI no Iraque, mas não participava da ofensiva em Tikrit, deflagrada no dia 2 de março, devido ao papel-chave do Irã na operação. Para os oficiais americanos, a iniciativa demonstra o fracasso da operação apoiada pelo Irã para retomar a cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein.
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O coronel Warren havia afirmado na terça-feira que a ofensiva em Tikrit "marcava passo", apesar de ter conseguido reduzir o número de combatentes do EI. A decisão de lançar uma ofensiva representa uma significativa mudança de rumo dos Estados Unidos, que, indiretamente, cooperam com Teerã em um mesmo objetivo, o de combater os extremistas sunitas que tomaram a cidade em junho do ano passado.
No entanto, oficiais americanos fizeram questão de ressaltar que Washington não vai coordenar nenhuma operação com milícias apoiadas pelo Irã. Tentando omitir a participação dessas milícias, o tenente-general James Terry, comandante da coalizão, disse que os ataques são destinados a fortalecer "forças iraquianas sob o comando iraquiano". "Esses ataques têm como objetivo destruir as fortalezas do Estado Islâmico com precisão, salvando vidas de iraquianos inocentes e minimizando os danos colaterais à infraestrutura", disse o militar, segundo a agência Reuters.
Mais de 20.000 soldados e grupos paramilitares xiitas estão envolvidos na ofensiva contra os terroristas e muitas baixas foram registradas na cidade que fica 160 quilômetros ao norte de Bagdá.
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