Putin expulsará 755 diplomatas americanos da Rússia
Cortes são uma retaliação à nova rodada de sanções que o Congresso dos Estados Unidos aprovou contra Moscou
access_time 30 jul 2017, 16h11
A lei também impede que o presidente dos EUA, Donald Trump, afrouxe as penalidades sem a aprovação do Congresso. O Irã e a Coreia do Norte também sofrerão sanções com a nova legislação. Para entrar em vigor, a lei precisa ser assinada por Trump, mas o governo já sinalizou que concorda com as medidas. Na noite de sexta-feira, a porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders disse que o presidente “revisou a versão final, aprova a lei e pretende assiná-la”.
Em entrevista à rede de TV Vesti.ru, Putin declarou que a expulsão dos 755 diplomatas americanos “igualará o número de diplomatas russos nos EUA”. “Serão 455 pessoas de cada lado”, disse. O presidente russo afirmou que o país tem “diversas medidas” para responder diplomaticamente aos EUA, já que Washington tomou um passo “absolutamente improdutivo” para as relações bilaterais. “Decidi que é hora de mostrar aos EUA que não deixaremos suas medidas sem resposta”, disse Putin.
Alemanha e União Europeia manifestaram cautela com as sanções do Congresso americano, já que a medida, caso aprovada por Trump, pode afetar empresas europeias envolvidas na tubulação do gás natural russo. O ministro de Relações Exteriores alemão, Sigmar Gabriel, disse que Berlim não deixará de pressionar por uma abordagem conjunta em relação a penalidades contra o Kremlin. Em um comunicado, ele afirmou que seu país não aceitará “de forma alguma uma aplicação extraterritorial das sanções dos EUA contra empresas europeias”.
(Com Estadão Conteúdo)
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