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Críticas a acordo com JBS fazem MPF a elevar 'preço' de delações de Cunha e Funaro

Os dois são considerados 'retardatários' na fila para colaborar

 
O ex-deputado Eduardo Cunha está preso em Curitiba desde outubro do ano passado - Geraldo Bubniak / 20-10-2016
BRASÍLIA Cientes da crescente cobrança da sociedade por punição aos delatores, e não só aos delatados, procuradores responsáveis pela Lava-Jato decidiram aumentar o "preço" das colaborações do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, que disputam quem fechará primeiro um acordo de delação premiada. Os dois terão que entregar revelações realmente significativas sobre a corrupção nas altas esferas do poder e, mesmo assim, ganharão prêmios bem menores que os já concedidos a outros delatores.
— Com um ou com outro, vai ser um acordo caro — afirma uma das pessoas ligadas ao caso.
Contra Cunha e Funaro, pesa ainda o “tempo do acordo”. Os dois são considerados retardatários na fila de réus interessados em colaborar com a Justiça. Eles teriam que redobrar esforços para apresentar fatos relevantes, ainda não esclarecidos em delações anteriores. Precisariam ainda apresentar provas de estruturas de corrupção num patamar superior ao posto que ocupavam antes de serem presos. Não por acaso, os dois teriam prometido falar sobre casos relacionados ao presidente Michel Temer e a alguns dos mais influentes ministros do governo.
HISTÓRICO NEGATIVO
Cunha e Funaro também devem pagar “caro” pelo acordo por não terem histórico favorável. Funaro foi acusado de fazer ameaças contra os irmãos Milton e Salim Schahin, donos do Grupo Schahin; contra Nelson José de Mello, ex-diretor do Hypermarcas; e contra Beatriz Catta Preta, a advogada responsável pelas primeiras delações da Lava-Jato. Já Cunha é suspeito de usar a estrutura da Câmara, no período em que era deputado, para atrapalhar as investigações e até para constranger o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
— Se quiserem acordo, eles têm que parar também de omitir informações — disse um investigador.
A cotação sobre quem vai obter um acordo tem variado. No início do mês, os ventos sopravam a favor de Cunha. Ele teria prometido falar sobre Temer e pelo menos 50 outros políticos. Mas, recentemente, o quadro mudou. Funaro organizou melhor as informações e até já entregou os anexos, o mapa da delação. Segundo uma pessoa que conhece os dois casos, o doleiro estaria fazendo melhor o "dever de casa". A disputa entre Cunha e Funaro se explica porque os dois teriam atuado em sociedade e partilham das mesmas informações.
As negociações estão sendo conduzidas por duas equipes diferentes. Quem apresentar a proposta mais consistente terá a preferência.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/brasil/criticas-acordo-com-jbs-fazem-mpf-elevar-preco-de-delacoes-de-cunha-funaro-21639894#ixzz4o90tRcrX
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