Após passar pela CCJ, indicação de Raquel Dodge também é aprovada pelo Senado
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Com 74 votos a favor, um contra e uma abstenção no plenário, ela se torna a primeira mulher a assumir o comando da Procuradoria-Geral da República
O nome de Raquel Dodge foi aprovado também pelo plenário do Senado na noite desta quarta-feira (12), após pedido de urgência para votação. Com 74 votos à favor e apenas 1 contra (e uma abstenção), a indicação da subprocuradora para o cargo de procuradora-geral da República foi consentida.
Mais cedo, Raquel Dodge também foi aprovada, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para representar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram 27 votos favoráveis e zero contrários, após uma sabatina de quase oito horas de duração.
Ela substituirá o atual procurador-geral, Rodrigo Janot, cujo mandato no comando do órgão termina em setembro. O nome de Raquel foi indicado pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Em sua exposição inicial, que durou 10 minutos, Raquel ressaltou que sua gestão no comando do MPF será pautada pelo diálogo e respeito às instituições e pela firmeza e serenidade no exercício das atribuições constitucionais, inclusive no enfrentamento da corrupção.“A democracia precisa de instituições fortes, que exerçam suas atribuições com segurança, com base na lei, em poderes que atuem em harmonia na direção da Justiça. A proteção do interesse público e o enfrentamento da corrupção continuarão a ser prioridade do Ministério Público Federal e terão todo o apoio necessário”, destacou. Dogde disse ainda que buscará agir “sempre em busca do cumprimento da Constituição de e da lei, com imparcialidade”.
Na primeira parte da sabatina, a futura procuradora-geral respondeu a uma série de perguntas formuladas pelo relator da indicação, o senador Roberto Rocha (PSB-MA). As perguntas, extraídas pelo relator de diversas fontes - entre elas o Portal e-Cidadania -, resumiam os principais questionamentos esperados. Muitos diziam respeito ao combate à corrupção, como a continuidade da Operação Lava Jato.
"É preciso manter esta atuação até que a corrupção ceda espaço à gestão honesta dos recursos públicos", respondeu a sabatinada. "Manteremos esse trabalho, aumentando, se necessário, as equipes que já o vêm desenvolvendo", completou.
Quem é a procuradora indicada por Michel Temer
Mestre em direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, Raquel é subprocuradora-geral da República e atua em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça.Leia também: CCJ da Câmara discute denúncia contra Michel Temer
Pelo terceiro biênio consecutivo, ela ocupa uma cadeira do Conselho Superior do Ministério Público. A possível futura procuradora-geral da República foi procuradora federal dos Direitos do Cidadão Adjunto, auxiliou a redação do I Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil e na I e II Comissão para adaptação do Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma. Raquel Dodge também atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte.
Dodge foi o segundo nome mais votado na lista tríplice dos procuradores, submetida ao presidente Michel Temer . Os quatro antecessores da subprocuradora (Cláudio Fonteles, Antonio Fernando de Souza, Roberto Gurgel e Rodrigo Janot) haviam sido os mais votados de suas respectivas listas. Na sabatina no Senado, ela minimizou a questão, ponderando que "qualquer um dos três [mais votados] está legitimado para a escolha". Seu mandato será de dois anos, com possibilidade de renovação.
*Com informações da Agência Senado e Agência Brasil
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