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Temer faz visita-relâmpago ao Rio e diz que ação de tropas federais no estado pode ser prorrogada

Presidente participou de reunião com oficiais das Forças Armadas e sobrevoou região onde as tropas estão atuando. Ele disse que militares poderão atuar no estado até o fim de 2018.


Por G1, Brasília
Michel Temer diz que ação das tropas no Rio de Janeiro pode ser prorrogada
Michel Temer diz que ação das tropas no Rio de Janeiro pode ser prorrogada
Em visita-relâmpago ao Rio de Janeiro neste domingo (30), o presidente Michel Temer afirmou que a ação de tropas federais no estado pode ser prorrogada. Ele deu a declaração ao lado do governador Luiz Fernando Pezão, do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e de ministros e deputados cariocas.
Temer foi à capital do estado para supervisionar o comando das operações federais de segurança pública em território fluminense. A viagem só foi divulgada neste domingo pela assessoria de imprensa da Presidência.
"Este é um primeiro momento, uma primeira fase que será sequenciada por várias fases. E no meu decreto assinado na sexta-feira, eu fixei, por razões do ano fiscal, que essa operação [das tropas federais no estado] se dará até 31 de dezembro de 2017. Mas nada impedirá que, no começo do ano, nós renovemos esse decreto para fazermos vigorar até o final de 2018", disse o presidente, em uma declaração à imprensa.
"E, evidentemente, tudo isso poderá indicar que a ação conjunta, coordenada dessas forças de segurança possam ampliar-se depois, para os anos seguintes", complementou.
Depois da declaração, Temer fez um sobrevoo pela região na qual as tropas federais estão atuando.
Logo depois do sobrevoo, o presidente retornará à Brasília, onde se reunirá com ministros e parlamentares aliados para fazer o ajuste fino da estratégia que será empregada para tentar barrar a denúncia de corrupção no plenário da Câmara.
Os 10 mil homens de forças federais começaram sua operação na sexta-feira (28), no Rio. Na sexta e no sábado, fizeram blitzes em vias expressas e rodovias, como o Arco Metropolitano e a Linha Vermelha, e percorreram alguns bairros de diferentes áreas da Região Metropolitana, inclusive zonas turísticas.
Na madrugada deste domingo, porém, uma equipe da TV Globo percorreu algumas das principais vias expressas do Rio e não encontrou nenhuma operação de policiamento dos militares das forças armadas nelas.
No sábado, militares estavam distribuídos em sete pontos do Arco Metropolitano (Foto: Reprodução / TV Globo) No sábado, militares estavam distribuídos em sete pontos do Arco Metropolitano (Foto: Reprodução / TV Globo)
No sábado, militares estavam distribuídos em sete pontos do Arco Metropolitano (Foto: Reprodução / TV Globo)

Discurso

Durante o discurso, Temer destacou que as ações coordenadas de segurança no estado vêm sendo planejadas há cerca de seis meses. Segundo o presidente, desde a última sexta (28), com a presença de tropas federais no estado, já foi possível concluir que o índice de criminalidade diminuiu.
Íntegra
Veja a íntegra da fala de Temer no RIo:
Boa tarde a todos e a todas.
Eu quero fazer uma breve declaração, tendo em vista os últimos acontecimentos, menos recentes e mais recentes.
Os menos recentes dizem respeito à insegurança que grassava aqui na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Uma preocupação constante de todos os cariocas, mas também preocupação de todos os brasileiros. E particularmente do governo federal.
Eu quero registrar, ao lado do governador Pezão, ao lado do prefeito Crivella, ao lado do ministro da Defesa, do ministro da Justiça e Segurança Pública, dos ministros do meu governo, dos deputados federais, estaduais, de todos que aqui se acham.
Eu quero comentar com os senhores e com as senhoras que, ao longo desses últimos cinco, seis meses, nós temos feito em Brasília seguidas reuniões, sempre com muita discrição, tendo em vista a temática lá tratada, mas tratando precisamente da questão da segurança pública. E, no particular, a segurança pública aqui no estado e na cidade do Rio de Janeiro.
E toda esta discussão que se deu para esta organização tinha por base a ideia da integração dos setores de inteligência, fossem das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, da Polícia Civil, enfim, dos variados setores, já que os órgãos de inteligência pouco se comunicavam entre si.
E foi a partir destas reuniões que, de uma forma, pela via era surpresa, porque os senhores sabem que eu publiquei o decreto de intervenção às 13 horas, às 13 [horas] e 10 minutos, e as tropas chegaram aqui no Rio de Janeiro às 14 horas.
Em primeiro lugar, fazendo uma visibilidade extraordinária, que eu percebo que já foi aplaudida pelo povo carioca. Mas ela comporta várias fases, como já esteve dizendo o ministro Raul Jungmann, serão várias fases dessa operação. Uma segunda fase cuidará exatamente do combate mais direto, muito objetivo em relação às organizações criminosas, à questão das armas - porque é um tópico, prefeito, muito preocupante aqui, no Rio de Janeiro, o número de armas que se alardeia aqui existentes no Rio de Janeiro -, de igual maneira ao tráfico de drogas, enfim, às organizações criminosas em geral.
Ou seja, este é um primeiro momento, uma primeira fase, que será sequenciada por várias fases. E no meu decreto, assinado na sexta-feira, eu fixei, por razões do ano fiscal, que esta operação se dará até 31 de dezembro de 2017. Mas nada impedirá que no começo do ano nós renovemos este decreto para fazê-lo vigorar até o final de 2018. E, evidentemente, tudo isto poderá indicar que a ação conjunta, coordenada, destas forças de segurança possa ampliar-se depois para os anos seguintes.
Eu acabei de receber um relato muito circunstanciado, muito pormenorizado, do que está sendo feito, e a primeira conclusão que se teve é que já diminuiu nesses dois, três dias, enormemente o índice de criminalidade. Especialmente no tópico do roubo de cargas.
Agora, o formidável desta ação é a coordenação extraordinária que está existindo entre as forças de segurança federais e estaduais, e agora até por sugestão do prefeito Crivella, também da guarda municipal.
Eu tenho a mais absoluta convicção de que esses trabalhos que fizemos ao longo do tempo, portanto, tendo o cuidado de não praticar, digamos, gestos episódicos, ou seja, você coloca aqui a Força Nacional, a Polícia Rodoviária Federal, as Forças Armadas, a Polícia Civil, a Polícia Militar, por alguns dias, por um mês que seja, sem nenhuma coordenação, e pacifica, resolve durante um mês, dois meses, e depois desastra ainda mais, para usar um neologismo.
Mas estas ações, volto a dizer aos senhores e às senhoras da imprensa que nós estamos planejando isto há bastante tempo. E vejam que as nossas reuniões não vazaram, foram sendo feitas - tampouco a operação -, foram sendo feitas, realizadas - é assim que um governo integrado por ministros como aqueles que me cercam, ministro Meirelles, ministro Moreira, ministro Jungmann, ministro Torquato, enfim, todos que estão aqui, com deputados federais, um governo sério se comporta dessa maneira, e assim que estamos nos comportando.
O povo do Rio que tem colaborado, aliás, a maior expressão da autoridade é exatamente o povo. Então o povo, Índio da Costa, tem colaborado enormemente com estas ações. Começa pelo aplauso, mas começa também com a ação concreta que o povo do Rio de Janeiro poderá realizar em apoio às forças que aqui se encontram.
Muito obrigado a vocês.

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