solina pode ter maior alta em 13 anos com aumento de tributação
Nesta sexta (21), os postos começaram a receber combustíveis com novos preços. Levantamento feito pelo Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes de São Paulo) aponta que a gasolina veio R$ 0,4075 mais cara, praticamente o mesmo valor anunciado pelo governo (R$ 0,41).
Considerando o preço médio nacional verificado pela ANP na semana passada, com o repasse integral, a gasolina subirá de R$ 3,485 para R$ 3,895 por litro, alta de 11,7%.
"Não me lembro de outra ocasião em que subiu tanto. Com certeza, vai ter reflexos nas vendas, porque o consumidor não tem mais de onde tirar dinheiro", comentou o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia.
A única vez em que a agência detectou alta maior nas bombas foi em novembro de 2002, quando a gasolina subiu 12,3%, ou R$ 0,55 por litro em valores atualizados. Essa estatística, porém, considera a variação mensal dos preços.
O levantamento feito pelo Sincopetro detectou aumento de R$ 0,2297 no diesel e de R$ 0,2082 no etanol. A conta é resultado de comparação entre faturas emitidas nesta sexta com os preços de antes da mudança nos impostos.
Na quinta, o governo anunciou elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre os três combustíveis com o objetivo de arrecadar R$ 10,4 bilhões e evitar aumento do deficit fiscal.
A elevação dos impostos interrompe uma trajetória de queda dos preços nos postos que dura desde o início do ano, resultado de reduções promovidas pela Petrobras para tentar conter importações por empresas privadas.
Se o custo adicional chegar integralmente às bombas, a gasolina terá o preço mais alto desde março de 2016, quando custava R$ 3,909, em valores atualizados, segundo cálculo feito pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Para especialistas, os preços da refinaria devem ser mantidos em baixa, pois não há perspectivas de alta do petróleo e a Petrobras continua sofrendo concorrência.
PREÇO NA BOMBA
Levantamento feito pelo "Agora" em dez postos da capital paulista nesta sexta apontou que a mediana dos reajustes da gasolina foi de R$ 0,30, abaixo, portanto, do aumento de R$ 0,41 dos tributos. O preço máximo encontrado foi R$ 4,19. A mediana da alta do diesel e do álcool foi de R$ 0,20.
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Motoristas fazem fila em posto que ainda não reajustou o preço dos combustíveis, em Brasília |
Publicidade
O repasse integral do aumento de impostos anunciado na quinta (20) pode levar a gasolina à maior alta nas bombas desde o início da série semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 2004. Nesta sexta (21), os postos começaram a receber combustíveis com novos preços. Levantamento feito pelo Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes de São Paulo) aponta que a gasolina veio R$ 0,4075 mais cara, praticamente o mesmo valor anunciado pelo governo (R$ 0,41).
Considerando o preço médio nacional verificado pela ANP na semana passada, com o repasse integral, a gasolina subirá de R$ 3,485 para R$ 3,895 por litro, alta de 11,7%.
"Não me lembro de outra ocasião em que subiu tanto. Com certeza, vai ter reflexos nas vendas, porque o consumidor não tem mais de onde tirar dinheiro", comentou o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia.
A única vez em que a agência detectou alta maior nas bombas foi em novembro de 2002, quando a gasolina subiu 12,3%, ou R$ 0,55 por litro em valores atualizados. Essa estatística, porém, considera a variação mensal dos preços.
Na quinta, o governo anunciou elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre os três combustíveis com o objetivo de arrecadar R$ 10,4 bilhões e evitar aumento do deficit fiscal.
A elevação dos impostos interrompe uma trajetória de queda dos preços nos postos que dura desde o início do ano, resultado de reduções promovidas pela Petrobras para tentar conter importações por empresas privadas.
Se o custo adicional chegar integralmente às bombas, a gasolina terá o preço mais alto desde março de 2016, quando custava R$ 3,909, em valores atualizados, segundo cálculo feito pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Para especialistas, os preços da refinaria devem ser mantidos em baixa, pois não há perspectivas de alta do petróleo e a Petrobras continua sofrendo concorrência.
PREÇO NA BOMBA
Levantamento feito pelo "Agora" em dez postos da capital paulista nesta sexta apontou que a mediana dos reajustes da gasolina foi de R$ 0,30, abaixo, portanto, do aumento de R$ 0,41 dos tributos. O preço máximo encontrado foi R$ 4,19. A mediana da alta do diesel e do álcool foi de R$ 0,20.
Comentários
Postar um comentário