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Governo ensaia deixar votação da denúncia contra Temer para agosto

Falta de quórum e regra da Câmara que obriga que decisão da CCJ seja lida em plenário e publicada atrapalham planos do Planalto de acelerar o trâmite

O deputado Sérgio Zveiter, relator do processo contra o Presidente Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ao lado do advogado Antônio Claudio Mariz (Foto: André Coelho / Agência O Globo)
O governo ensaia desistir da disputa com a oposição e deixar a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer para agosto. É que o Regimento da Câmara diz que o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara precisa ser lido em plenário e publicado em avulso antes de ser convocada uma sessão para deliberar o tema. O Palácio do Planalto queria fazer tudo no máximo até a segunda-feira (17), pois o recesso dos parlamentares começa na terça-feira (18). Aliados de Temer acreditam que é melhor votar logo, antes que novos fatos contra o presidente apareçam. Mas está difícil. Mesmo que a CCJ acabe seus trabalhos nesta quinta-feira (13), a sessão para votar a matéria só poderia ser na sexta-feira (14). E o Planalto avalia não ter condições de atingir o quórum de 342 deputados necessário para o início da votação.
Nesta quarta-feira, a CCJ rejeitou o parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o prosseguimento da denúncia contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF). Foram 40 votos contrários, 25 a favor e 1 abstenção. Foi, então, apresentado um novo relatório, do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), recomendando o arquivamento da denúncia. O parecer foi aprovado por 41 votos a favor e 24 contra.
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