Confiança do comércio sobe 6,4 pontos em janeiro, afirma FGV
Com o resultado, o Icom atingiu 67,2 pontos, o maior nível desde agosto de 2015
"A alta de janeiro pode representar apenas uma calibragem depois de um período de queda forte da confiança no segundo semestre do ano passado, levando o índice ao mínimo histórico em dezembro. Mas não deixa de representar uma boa notícia, que parece estar associada a uma virada de ano menos negativa que o previsto e à expectativa de que velocidade de queda do consumo se reduza nos próximos meses", avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota oficial.
Em janeiro, o resultado foi determinado principalmente pela melhora da percepção em relação ao momento presente, embora as avaliações sobre o futuro também tenham avançado. Segundo a FGV, o Índice da Situação Atual subiu 9,9 pontos neste mês, para 64,2 pontos, após atingir em dezembro o menor nível da série, iniciada em 2010. O quesito que mais contribuiu para alta foi a percepção sobre o volume atual de demanda, que subiu 11,1 pontos ante o mês passado.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 2,7 pontos em janeiro ante dezembro, para 71,4 pontos, também depois de tocar seu mínimo histórico. A maior influência para o resultado positivo partiu do indicador que capta o grau de otimismo com a situação dos negócios para os próximos seis meses, que cresceu 5,4 pontos na passagem do mês.
Em dezembro, o Icom havia cedido 3,4 pontos em relação a novembro. Com o resultado de janeiro, o índice permaneceu na zona considerada "desfavorável" à atividade, abaixo dos 100 pontos.
A coleta de dados para a edição de janeiro da sondagem foi realizada entre os dias 4 e 25 deste mês e obteve informações de 1.216 empresas.
(Com Estadão Conteúdo)
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