Putin "provavelmente" autorizou assassinato de um espião em Londres
Investigação da Justiça britânica conclui que o presidente e o diretor do serviço secreto russo aprovaram o assassinato de Alexander Litvinenko, por envenenamento em 2006
Em seu documento, de 300 folhas, o magistrado afirma que os ex-agentes russos Andrei Lugovoi e Dmitry Kovtun, com os quais Litvinenko se reuniu no dia em que foi envenenado após tomar uma xícara de chá, provavelmente atuaram sob a direção dos serviços de inteligência russos quando foi assassinado. Litvinenko, ex-agente do Serviço Federal de Segurança russo (FSB, na sigla em inglês, sucessor do extinto KGB), morreu em 23 de novembro de 2006 em um hospital de Londres dias após adoecer pelo efeito do material radioativo.
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O ex-espião russo tinha se reunido com Lugovoi e Kovtun no hotel Milennium, no bairro londrino de Mayfair, no dia em que tomou a fatídica xícara de chá. Owen interrogou testemunhas e escutou as alegações das partes, entre eles a família de Litvinenko, entre 27 de janeiro e 31 de junho de 2015.
Segundo os termos da investigação ditados pelo governo, o juiz Owen não pode formular acusações civis e nem criminais, mas deve se limitar a explicar as circunstâncias da morte e da responsabilidade sobre o crime. A ministra britânica de Interior, Theresa May, deve fazer hoje uma declaração sobre o caso no Parlamento.
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