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PT quer CPI para apurar denúncias sobre 'máfia da merenda' em SP

Legenda iniciou coleta de assinaturas para criar comissão; depoimentos da Operação Alba Branca citam o tucano Fernando Capez como beneficiário de propina

Deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP)
O deputado estadual Fernando Capez, presidente da Alesp, nega com veemência que tenha recebido propina sobre contratos de merenda escolar.
A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) pedirá a abertura de uma CPI para investigar um suposto esquema de fraudes na compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar. Um dos nomes envolvidos no esquema seria o do presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), acusado por funcionários da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) de receber propina a cada contrato celebrado entre a entidade e o setor público.
O presidente da Alesp foi citado em depoimentos de funcionários da Coaf à Polícia Civil na semana passada. Neles, os funcionários da cooperativa afirmaram que Capez recebia propina que chegava a 25% dos contratos. Além do presidente da assembleia, eles também citaram o nome do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, mais conhecido como Moita.
Os empregados da Coaf são investigados pela Operação Alba Branca, que desmontou um esquema de corrupção e superfaturamento na venda de produtos agrícolas para merenda de escolas de prefeituras e Estado. Capez nega veementemente as acusações e disse que "vagabundos" não vão jogá-lo na lama.
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"Esperamos que a bancada do PSDB na Assembleia seja sensível a essas denúncias, com provas bastante contundentes. Esse tema tem urgência especial", diz Geraldo Cruz, líder do PT na Alesp. O petista argumenta que a comissão será importante para que Capez se defenda das acusações que pesam contra ele.
O líder do PT na Alesp afirmou que o partido iniciou a coleta das 32 assinaturas necessárias para a abertura da CPI e protocolará o pedido de instalação da comissão na próxima semana, quando a Alesp retorna do recesso parlamentar. Uma vez registrada e com o número mínimo de assinaturas, a CPI entra numa fila na qual aguarda para ser instalada. O Regimento Interno permite que apenas cinco comissões funcionem na Casa.
Líder do PSDB na Assembleia, Carlão Pignatari acredita que o PT não conseguirá sequer as assinaturas dos membros da própria bancada, tamanho o "absurdo" das denúncias contra Capez. "É o maior absurdo. Uma brincadeira de mau gosto do PT", disse Pignatari, que prevê que "nem os 15 deputados do PT" devem assinar o pedido de abertura da CPI.
(Com Estadão Conteúdo)

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