Operação policial contra milícia armada nos EUA termina com uma morte
Os irmãos Ammon e Ryan Mundy, chefes dos milicianos, foram detidos pelo FBI. Eles são acusados de "invasão de propriedade do governo e conspiração"
Na operação as autoridades bloquearam o veículo em que estavam os membros da milícia, o que resultou na uma troca de tiros, mas, por enquanto, ainda não se sabe quem fez o primeiro disparo. No dia 2 de janeiro, milicianos armados tomaram a sede da reserva natural Malheur National Wildlife Refuge como parte de um protesto na cidade de Burns em apoio a dois fazendeiros condenados por realizar queimadas em áreas do governo sem permissão.
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O fato que desencadeou o protesto foi a condenação de dois fazendeiros do Oregon, Dwight Hammond e seu filho Steve, por terem feito queimadas não autorizadas em terras federais em 2001 e 2006. O pai da família Hammond foi condenado a três meses de prisão e seu filho a um ano. Eles cumpriram as penas, mas em outubro, um tribunal de apelações considerou que a punição era branda demais e aumentou a condenação para mais quatro anos para cada um, já que as leis federais punem o incêndio provocado com pelo menos cinco anos de prisão.
Os Hammond alegam que o fogo foi ateado em sua propriedade para evitar o crescimento de plantas invasoras, mas o governo alegou que os dois se dedicavam à caça ilegal e a outras atividades ilegais e provocaram os incêndios para apagar as provas. Para os milicianos, os Hammond são alvo de intimidação do governo e tratados como "terroristas" sem merecê-lo.
Histórico - Nos protestos de Burns, uma área montanhosa extremamente remota do oeste americano, há pessoas armadas pertencentes a milícias autorreguladas, inspiradas nas forças insurgentes que surgiram quase espontaneamente e que enfrentaram os britânicos durante a independência do país, declarada em 1776. As atuais milícias armadas, com inspiração de grupos de extrema-direita e antissistema, justificam sua existência no texto da Segunda Emenda da Constituição que fala do portar armas, mas em um contexto que remonta ao fim do século XVIII. Na imprensa americana, alguns articulistas compararam as ações dos milicianos às de terroristas que invadem locais públicos armados e desafiam governos.
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