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Temer: acusações contra ministros são ‘só alegações’

Na edição desta semana, VEJA revelou que ex-diretor da Odebrecht disse em delação premiada que pagou R$ 3 mi a Moreira Franco

Com três homens fortes de seu governo citados por delatores da Lava Jato, o presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, em Tóquio, que há “apenas alegações” contra seus ministros. Como revelou VEJA nesta semana,  o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse em delação premiada que pagou 3 milhões de reais em propina ao secretário do Programa de Parcerias de Investimentos ( PPI), Moreira Franco.
“O envolvimento dos nomes se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação, uma afirmação. É preciso que essas coisas se consolidem. Se um dia se consolidarem, muito bem, o governo verá o que fazer”, disse Temer, completando a seguir: “Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém [na Lava Jato] isso passar a dificultar a ação do governo, fica difícil”, afirmou.
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De acordo com o presidente, nomes como o de Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá são importantes porque “dialogam bem com o Congresso” e podem ajudar na tramitação de projetos e reformas. Temer está no Japão para uma visita oficial de três dias.
O presidente não citou o nome de seus ministros envolvidos em denúncias, mas respondeu a uma pergunta sobre se escândalos que atingem nomes como o de Geddel, Moreira Franco e Romero Jucá não prejudicam os projetos do governo no Congresso. O presidente disse que não. “Em primeiro lugar, facilitam. São pessoas que dialogam bem com o Congresso, como eu, vocês sabem, dialogo muito bem com o Congresso Nacional. Acho que podem ajudar”, afirmou.
Moreira Franco disse ao jornal Folha de S. Paulo, nesta terça-feira, que a acusação de Cláudio Melo Filho é “uma mentira afrontosa”. “Já falei sobre isso. Já divulguei uma nota, e é o suficiente”, afirmou o ministro à publicação após evento em que apresentou o PPI a empresários e investidores japoneses.
Nesta quarta-feira, Temer se reúne com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com o imperador Akihito.
(Com Estadão Conteúdo)

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