Pular para o conteúdo principal
Rottweiler Amoroso” (Três Estrelas).

Não desprezem a capacidade que têm os porras-loucas de fazer… porra-louquice

Ato destrambelhado e ilegal no Senado tem potencial para gerar uma crise que prejudica... o país! E por quê? Por nada!

Por: Reinaldo Azevedo             
 
 
 
 
Chefes de Poderes da República não podem fazer beicinho.
O presidente Michel Temer tentou agendar um encontro nesta quarta-feira entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. A ministra declinou. A reunião se seguiria à declaração desastrada de Renan, segundo quem a operação da Polícia Federal no Senado foi determinada por um “juizeco”. Estava certo ao apontar a ilegalidade. Errou no tom. Cármen respondeu que a agressão a um juiz a agredia também pessoalmente e a todos os juízes. Acertou ao censurar a agressividade; errou no conceito. Não cabe à presidente de um poder se deixar tomar por dores corporativas.
Resultado: a reunião, a que deveria comparecer também Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, não vai acontecer. Maia disse a coisa certa sobre a crise: deu a entender que seu homólogo do Senado errara no tom, mas acertara na repulsa à ação perpetrada pela Polícia Federal. O clima continua tenso. Renan não baixou a guarda diante da reação da presidente do Supremo. Afirmou que ela deveria ter dito também que a decisão de realizar busca e apreensão no Senado e de prender quatro agentes não cabia a um juiz de primeira instância. Não cabia mesmo.
O presidente do Senado também não mudou o tom ainda em relação a Alexandre de Moraes, ministro da Justiça. Ele sabe, é claro, que Moraes nada tinha a fazer diante da decisão tomada pelo juiz Wallisney de Souza Oliveira. Se interferisse, aí sim, é que a coisa estaria fora do lugar. O senador não gostou de ver o ministro justificar a ação. Foi uma tentativa malsucedida de baixar a temperatura. Era para evidenciar que não se tratava de um ataque ao Poder Legislativo. Acabou dando tudo errado.
O que está em jogo? Obviamente é bem mais do que a vaidade de cada chefe de Poder e de suas veleidades corporativistas. Trata-se do futuro do país, sem qualquer exagero. A votação da PEC do Teto em segunda instância deixou claro que o problema não chegou à Câmara. Mas a decisão final, como é óbvio, caberá ao Senado. É claro que uma matéria tensa, controversa, que mexe com os humores do país, deveria chegar a um Senado pacificado.
Mas quase todos, Cármen também, resolveram apagar o fogo com gasolina. Nesse caso, Temer e Rodrigo Maia se comportaram direito, tentando diminuir a tensão.
Cumpre chegar à origem da coisa: como tudo começou? De uma porra-louquice! Uma denúncia sem substância gerou uma ação absurda do MP, enviada a um juiz, que tomou uma decisão ainda mais exótica. Como Cármen Lúcia sabe disso, poderia ter censurado o conjunto da obra sem dores corporativistas.
Está na hora de essa gente ter juízo.
Não desprezem o poder que têm os porras-louca de fazer porra-louquices.
Essa ação estúpida no Senado não contribui em rigorosamente nada com a Lava Jato e pode custar caro ao país. E tudo isso para que um grupelho demonstre que faz o que bem entende quando quiser.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p