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Oligarquia colombiana quer 'entrega humilhante' das Farc, diz líder

Timochenko gravou discurso em comemoração aos 50 anos da criação da guerrilha

 
 
BOGOTÁ - O principal chefe das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, disse nesta terça-feira, 27, que a oligarquia colombiana deseja uma "entrega humilhante" da guerrilha nos diálogos de paz com o governo, que ocorrem em Cuba.
Em mensagem de vídeo, gravada nesta terça em razão dos 50 anos da criação das Farc, o guerrilheiro afirmou que a classe dominante do país exige com "arrogância a rendição da guerrilha", mas garantiu que o grupo não foi à mesa de diálogo porque esteja vencido no campo militar. "Não fomos para Havana por nos considerarmos vencidos, nem por temer a extinção com a qual pretendem nos amedrontar todos os dias, estamos ali porque entendemos que nada está definido na luta de classes e interesses em nossa pátria."
"As Farc completam 50 anos de luta incorruptível e faremos o que for necessário se a oligarquia insistir de novo em impedir a paz", acrescentou Timochenko.
O movimento guerrilheiro nasceu em 1964 em Marquetalia, município de Planadas, no departamento de Tolima, quando um grupo de comunistas e liberais armados, entre eles Pedro Antonio Marín, conhecido como Tirofijo, tentou frear a ofensiva do Exército contra uma comunidade camponesa autônoma estabelecida na região.
"Nascemos como consequência de uma declaração de guerra total por parte da oligarquia colombiana e da Casa Branca", disse o chefe guerrilheiro. "A reconciliação nacional passa pelo desmonte da política de ódios e aniquilamento implementada desde os mais altos cargos do Estado."
O chefe das Farc criticou o presidente Juan Manuel Santos, candidato à reeleição, por apregoar a paz e acusar a oposição de querer a guerra enquanto ele mesmo procura eliminar a guerrilha pela via militar. "Em sua campanha pela reeleição, o presidente Santos acusa seus fanáticos opositores da extrema direita de querer assassinar as esperanças de paz do povo colombiano, como se todos os dias não estivesse ordenando intensificar as operações militares e os bombardeios em seu afã de matar os líderes da insurgência com a qual dialoga em Havana." / EFE
 

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