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Estoque de crédito sobe 13,4% no Brasil em abril

Inadimplência permanece em 4,8%, enquanto o spread bancário subiu para 20,1 pontos percontuais

Crédito disponível para pessoas físicas foi de R$ 1,29 trilhão em abril
Crédito disponível para pessoas físicas foi de R$ 1,29 trilhão em abril (EFE)
Em sua nota de Crédito e Política Monetária, o Banco Central apurou um estoque de crédito da ordem de 2,77 trilhões de reais em abril – 0,6% maior do que o visto em março e 13,4% superior na comparação anual. Do total, 2,61 trilhões de reais foram para o setor privado, em especial nos segmentos imobiliário, industrial, rural e também de energia.
O dinheiro disponível para pessoas jurídicas foi de 1,48 trilhão de reais, enquanto o de pessoas físicas foi de 1,29 trilhão de reais. Vale ressaltar que a relação crédito/Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 55,9%. No quarto mês do ano passado estava em 54,1%.
A maioria da carteira total do sistema financeiro (54,1% ou 1,50 trilhão de reais) é de recursos livres, ou seja, aquele dinheiro que não têm destino específico. Esta modalidade de crédito aumentou 0,1% na relação mensal e 6,2% na anual. As pessoas físicas são as que mais demandaram esse tipo de financiamento no mês: 752 bilhões de reais.
O restante da carteira (1,27 trilhão de reais) é formado por recursos direcionados, aqueles usados apenas para financiamento habitacional, agricultura e repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Esse tipo de crédito subiu 1,3% ante março e 23,2% em relação a abril de 2013. As carteiras de pessoas jurídicas e físicas totalizaram 731 bilhões e 542 bilhões de reais.
Leia ainda: Demanda de empresas por crédito cresce 4,8% em abril
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Calotes - Ainda segundo o BC, a taxa de inadimplência no mercado de crédito brasileiro ficou, pelo quinto mês consecutivo, no patamar de 3%, menor nível da série histórica iniciada em março de 2011. O porcentual de calotes superiores a noventa dias entre pessoas físicas e jurídicas ficou inalterado em 4,4% e 1,9%, respectivamente.
No segmento de recursos livres, a inadimplência ficou em 4,8% em abril, repetindo o nível visto em março. Já para recursos direcionados, o indicador passou de 1% pata 1,1% no quarto mês.
Juros - Em abril, o spread bancário (diferença entre o custo desembolsado pelos bancos para captar dinheiro e o custo para quem o toma emprestado) foi de 12,5 pontos porcentuais (p.p.), acima do mesmo do mês anterior (12,3 p.p.). No segmento de pessoas físicas e jurídicas, os spreads se situaram em 18,6 p.p. e 7,8 p.p., respectivamente, ambos maiores do que em março.
No crédito total, considerando também os recursos direcionados, os juros ficaram, em média, a 21,1% no mês passado, o mesmo de março, mas acima do vista há uma no (18,5%). A taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou abril em 31,7%, ante 31,6% em março e bem maior do que um ano antes (26,3%). Nos recursos direcionados, o custo médio permaneceu em 8% ao ano. Vale ressaltar que as pessoas físicas, que tomam empréstimo no segmento de recursos livres, são as que pagam a maior taxa de juros, de 42% ao ano em março. O destaque foi a alta de 5 p.p. na modalidade crédito pessoal não consignado.
No período, o spread bancário (diferença entre o custo desembolsado pelos bancos para captar dinheiro e o custo para quem o toma emprestado) foi a 20,1 pontos porcentuais também neste segmento, acima dos 19,9 pontos vistos em março.
Leia também: Saiba como avaliar se é vantajoso fazer a portabilidade do crédito   
Consumidor buscou menos crédito em abril
Há um ano o BC vem elevando a Selic, o que encarece o custo do crédito e acaba se refletindo no mercado. Na reunião do Comitê de Política Monetária de maio, finda nesta quarta-feira, a decisão foi pela manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 11% ao ano.
"Olhando a série histórica, sempre que há mudança no ciclo monetário, há reação nas taxas ativas (de juros). Às vezes não no mesmo momento, mas a tendência é que essa elevação das taxas no ritmo observado nos últimos 12 a 13 meses não se mantenha", afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

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