Pular para o conteúdo principal

BC e Fazenda vão se reunir com a AGU para discutir julgamento de planos econômicos

Encontro tenta acertar a estratégia da União para a votação no Supremo Tribunal Federal, que está marcada para a quarta-feira, 28

 
Ministros do STF julgam questão dos planos econômicos na próxima semana
Ministros do STF julgam questão dos planos econômicos na próxima semana (STF )
A Advocacia Geral da União (AGU) vai se reunir na tarde desta sexta-feira com o Banco Central e o Ministério da Fazenda para discutir quais serão as estratégias adotadas pela União para o julgamento dos planos econômicos, marcado para a quarta-feira, 28. Depois de pelo menos três adiamentos, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, na pauta da próxima semana, que o assunto volta ao plenário.
O encontro, embora não conste na agenda oficial das autoridades, foi confirmado ao site de VEJA. Devem participar da reunião o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o procurador-geral do BC, Isaac Sidney Ferreira, e o secretário-executivo da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli. A cúpula jurídica e econômica deve apostar no adiamento da análise do caso, como vem tentando fazer desde que o assunto foi colocado em pauta pela primeira vez pelo Supremo, em novembro de 2013.
Leia mais: STJ decide a favor de poupadores em julgamento sobre planos econômicos
STJ derruba ações de bancos na Bolsa de Valore
Em fevereiro, uma petição foi enviada por representantes da União ao relator da principal ação do caso (ADPF n° 165), o ministro Ricardo Lewandowski, pedindo o adiamento e a realização de uma audiência pública sobre o assunto. Assinada por Ferreira e Adams, a petição usava como argumento a enorme divergência entre os números que tentam estimar o impacto do julgamento.
Enquanto a União e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apontam para perdas entre 23 bilhões e 340 bilhões de reais aos bancos, caso o STF decida em favor dos poupadores, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) acredita em um prejuízo muito menor, de cerca de 8 bilhões de reais. A estimativa é que metade da perda saia dos cofres do Banco do Brasil e da Caixa.
Discussão - O Supremo vai analisar a constitucionalidade dos planos econômicos criados nas décadas de 1980 e 1990 numa tentativa de estabilizar a economia em tempos de hiperinflação. Os poupadores, representados pelo Idec, brigam na Justiça por taxas de correção da poupança maiores do que as que foram aplicados à época. Eles entendem que os planos mudaram as regras de correção da caderneta de poupança, provocando perdas àqueles que tinham suas economias aplicadas.
Leia ainda: S&P estima que bancos podem perder R$ 12 bi com planos econômicos
Decisão do STF impactará economia em R$ 1 trilhão, diz BC

Na última quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou a incidência de juros de mora (aplicadas em caso de atraso no pagamento) sobre as correções dos planos econômicos e decidiu em favor dos poupadores. O resultado do julgamento provocou perdas nas ações dos principais bancos na Bolsa brasileira. Como resposta, a Febraban disse que recorrerá da decisão. A reunião desta sexta também deve abordar esse tema.
Se o STF decidir que os poupadores têm de ser indenizados, a decisão do STJ pode balizar o valor a ser recebido pelos poupadores, pois o julgamento da última quarta-feira entendeu que os juros de mora devem incidir a partir da citação em ação civil pública.
O STF analisa se os poupadores têm direito a ressarcimento com perdas que alegam ter sofrido com os planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p