Pular para o conteúdo principal

Após golpe, chefe do Exército tailandês se declara premiê

General Prayuth Chan-ocha diz que assumiu a chefia do governo depois de considerar que tentativas de acordo entre governo e oposição fracassaram

Em transmissão de TV, general Prayuth Chan-ocha (centro) comunica tomada do poder na Tailândia
Em transmissão de TV, general Prayuth Chan-ocha (centro) comunica tomada do poder na Tailândia (AFP)
O chefe do Exército da Tailândia, o general Prayuth Chan-ocha, se proclamou primeiro-ministro interino do país nesta sexta-feira, um dia depois que os militares tomaram o poder em um golpe de Estado – foi o décimo segundo golpe bem sucedido das Forças Armadas tailandesas nos últimos 82 anos, de um total de dezenove tentativas.
Leia mais:
Militares consolidam golpe de Estado na Tailândia
Parte da oposição apoia ação do Exército na Tailândia 
Forças Armadas da Tailândia declaram lei marcial no país

O Conselho Nacional para a Paz e a Ordem (CNPO), o nome oficial da junta militar comandada por Prayuth, informou em comunicado que o general assumirá as funções administrativas do cargo de premiê até que se encontre um novo candidato definitivo. "Já que as leis estipulam que o primeiro-ministro autoriza ações sob a lei, o líder do CNPO, ou os indivíduos designados por ele, assumirão por enquanto a autoridade", diz o comunicado, segundo o jornal Bangkok Post.
Prayuth, que há três dias declarou a lei marcial no país – e havia garantido que os militares não desejavam o golpe de Estado –, assumiu todos os poderes após considerar que as tentativas de um acordo entre o Executivo interino e os setores antigovernamentais fracassaram. Nas dezesseis horas seguintes ao golpe, a junta militar emitiu duas ordens e dezenove anúncios através das emissoras de rádio e televisão do país, que suspenderam suas programações e, sob censura, só transmitem músicas patrióticas e boletins de notícias do Canal 5, de propriedade do Exército.
Em um desses comunicados, as Forças Armadas convocaram a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra e os vinte e dois membros de seu clã familiar e partido político para que compareçam nesta sexta-feira diante das autoridades militares. A junta militar decretou o toque de recolher, proibiu as reuniões públicas, suspendeu a Constituição e ampliou a censura aos meios de comunicação para incluir também os órgãos de imprensa estrangeiros. O Exército também pediu que funcionários do alto escalão assumissem as funções dos ministros depostos e decretou o fechamento de todas as escolas até domingo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.