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OIT: 3,2 milhões de pessoas ficarão sem emprego em 2014

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, o mundo ganhou 4 milhões de desempregados em 2013; taxa de desocupação permanece em 6%

Homem passa em frente a uma escritório de emprego no centro de Madri, em 3 de janeiro de 2014. Espanha e na Grécia são os dois países da União Européia com maior desemprego
(AFP)
O número de desempregados no mundo deve ser acrescido de 3,2 milhões de pessoas neste ano, segundo cálculos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgados na segunda-feira. Dessa maneira, o total de pessoas sem emprego chegará a 203 milhões. O relatório informa ainda que cerca de 4 milhões de pessoas engrossaram as filas de desempregados no mundo em 2013. Mesmo assim, o número é estatisticamente insignificante para alterar a taxa de desocupação, que permaneceu em 6% da população economicamente ativa global, ou 199,8 milhões de pessoas.
"Até 2019, o desemprego vai atingir 213 milhões de pessoas", prevê a organização internacional, "mas o número de pessoas sem uma ocupação deve se manter globalmente no nível atual de 6% até 2017". O aumento mais forte em 2014 acontecerá na Europa Central e nos países do antigo bloco soviético, onde o desemprego atingirá 8,3%.
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O mundo soma hoje 30,6 milhões desempregados a mais do que antes da crise financeira de 2008. Desde 2009, as economias mais avançadas e as emergentes têm reagido de forma diferente em relação ao emprego. Nas economias avançadas, a taxa de desemprego chegou a 8,5% no início de 2009, contra 5,8% em 2007, antes do início da crise.
Entretanto, nos países em desenvolvimento, a taxa de desocupação avançou pouco, passando de 5,4% em 2007 para 5,8% em 2009, em razão, principalmente, de um sistema de proteção social muito menos favorável, que não permite a uma pessoa se manter por muito tempo com o auxílio desemprego. Depois dessa época, o nível de desemprego caiu novamente e quase chegou ao nível anterior à crise.
Migração - O aumento do desemprego em 2013 é explicado pelo fato de os países não terem criado a quantidade suficiente de vagas de trabalho para absorver todos aqueles que estão entrando no mercado. O relatório revela ainda que 90% dos novos empregos no mundo serão criados nos países em desenvolvimento, a médio prazo. Devido a esse panorama, a expectativa é de que as migrações aconteçam no sentido sul-sul e norte-sul, revela a OIT.
"As migrações sul-sul estão em pleno aumento, e cada vez mais trabalhadores deixam também as economias avançadas, em particular os países europeus, para trabalhar nos países em desenvolvimento", indica Moazam Mahmood, diretor adjunto do Departamento de Pesquisa da OIT, e principal autor do relatório.
De acordo com o informe, 231,5 milhões de pessoas viviam em um país que não era o de nascimento em 2013, sendo que 57 milhões delas migraram desde o ano 2000 e 19% desse aumento foi visto apenas nos últimos três anos. Mesmo assim, vale ressalvar, que ainda 51% dos migrantes são atraídos para economias desenvolvidas e para a União Europeia. Houve também, nos últimos anos, uma multiplicação de casos isolados de jovens universitários saídos de países desenvolvidos afetados pela crise que emigraram para países emergentes.
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Nesse relatório anual, os especialistas da OIT revelam também que a classe média progrediu nos países emergentes, graças à criação de empregos de qualidade. Entre 1980 e 2011, o salário per capita aumentou em média 3,3% por ano nos países em desenvolvimento, contra 1,8% nos países industrializados.
Nos países em desenvolvimento, 839 milhões de trabalhadores ainda ganham menos de dois dólares por dia, mas esses empregos representam apenas um terço ddo total - há 20 anos essa proporção era de 64%. A classe média constitui 44,5% da mão de obra dos países em desenvolvimento, contra 20% há duas décadas.
"Ao longo dos próximos anos, a maioria dos novos postos de trabalho nos países em desenvolvimento será de qualidade suficiente para permitir que as famílias tenham acesso a um padrão de vida acima da linha de pobreza nos Estados Unidos", afirma o relatório. No entanto, 85% da força de trabalho nos países em desenvolvimento continuará a viver em 2018 abaixo do que é considerado a linha de pobreza nos Estados Unidos.
(com agência France-Presse)

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