Economia dos EUA recua 1% no 1º trimestre
Trata-se da primeira contração do PIB desde 2011. O inverno rigoroso prejudicou os negócios na maior economia do mundo
O severo inverno que atingiu o país no início deste ano foi um dos responsáveis pelo tímido desempenho econômico (Reuters)
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O fraco desempenho da economia americana refletiu um ritmo muito mais lento de acúmulo de estoques e um déficit comercial maior do que estimado anteriormente. O severo inverno que atingiu o país no início deste ano foi um dos responsáveis pelo resultado, tendo provocado redução dos investimentos e consumo. O recuo na produção, que também refletiu queda no gasto empresarial em estruturas não residenciais, foi mais forte do que as expectativas de Wall Street.
O resultado representa também uma forte desaceleração em relação ao quarto trimestre, quando a economia americana cresceu 2,6% em taxa anualizada. Considerando apenas a segunda metade do ano passado, o PIB do país cresceu 3,4%, o que indicava tendência de aceleração para 2014.
Dados que abrangem do desemprego à atividade manufatureira sugerem que o crescimento terá uma aceleração forte no segundo trimestre. Economistas estimam que o clima severo pode ter cortado até 1,5 ponto percentual do PIB. O governo, no entanto, não deu detalhes sobre o impacto do clima. As empresas acumularam 49 bilhões de dólares em estoques, bem menos do que os 87,4 bilhões de dólares estimados no mês passado. Foi o menor volume em um ano e os estoques subtraíram 1,62 ponto porcentual do PIB do primeiro trimestre. Mas, a expectativa é de que os estoques ajudem no crescimento do segundo trimestre.
Embora a queda nas exportações não tenha sido tão severa como se pensava inicialmente, o crescimento das importações foi mais forte. Isso resultou em um déficit comercial que tirou 0,95 ponto porcentual do PIB. Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, cresceram a uma taxa de 3,1%. O número relatado anteriormente havia sido de um avanço de 3%.
Já os gastos empresariais em estruturas não residenciais, como perfuração de gás, contraiu a uma taxa de 7,5%. O número relatado anteriormente havia sido de um avanço de 0,2%. O relatório mostrou que os lucros corporativos pós-impostos caíram a uma taxa de 13,7%, a maior queda desde o quarto trimestre de 2008.
(Com agência Reuters)
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