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PT faz investida para ter PCdoB e sugere vaga na chapa para Manuela

Foto: Reprodução / Facebook
Manuela D’Ávila
Sob ameaça de ficar isolado na disputa presidencial nas eleições 2018, o PT acenou com a possibilidade de ter Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência, como vice. A hipótese foi discutida nesta quinta-feira, 19, em reunião entre as presidentes do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, em São Paulo. Gleisi excluiu o PR da lista de prioridades e disse ainda que conversa com o PSB. “Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na vice. Obviamente, isso não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões que o PT tem internamente e com outros partidos”, disse Gleisi, ao fim da reunião. “Nós estamos conversando com o PSB e tínhamos também conversa com o PR. Não terminaram as tratativas, mas nossas prioridades são o PSB e o PCdoB”, afirmou. A presidente do PCdoB, que por seu lado mantém negociações com o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, também demonstrou interesse na possibilidade de Manuela ser vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. “Isso é algo que a gente escuta e vê com bons olhos. Mas, enquanto essas coisas não se derem, mantemos a candidatura de Manuela. Nada foi definitivo”, disse Luciana. Petistas saíram animados da reunião. Os partidos avançaram em entendimentos nos Estados e na estratégia para a disputa na Câmara. Para dirigentes petistas, a decisão sobre a vaga de vice deve ser discutida na reunião da executiva nacional, marcada para esta sexta-feira, 20, mas o mais provável é que o assunto seja definido em uma reunião extraordinária na semana que vem, depois de esgotadas as tratativas com o PSB. Existem três hipóteses no PT atualmente sobre a vaga de vice. A principal é que o posto seja entregue a um aliado. Outra possibilidade é que a vaga fique com o ex-prefeito Fernando Haddad ou com o ex-ministro Jaques Wagner, possíveis substitutos de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, na disputa ao Planalto, caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa. Uma terceira opção é indicar um nome que não seja visto como um “plano B” a Lula, como o ex-ministro Celso Amorim ou a própria Gleisi. A presidente do partido disse que o nome pode ser anunciado ainda na convenção, marcada para 4 de agosto. “Podemos já indicar o nome de vice. Não tem problema nenhum. Inclusive se prosperarem nossas conversas com alianças, porque temos reiterado que gostaríamos de ter um vice na composição partidária, ter outros partidos na nossa aliança e contar com uma indicação destes partidos”, afirmou.
Estadão
20 de julho de 2018, 06:40

BRASIL Ciro faz aceno à esquerda após negociação frustrada com o Centrão

Foto: Helvio Romero / AE
Ciro Gomes
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, “reconheceu” nesta quinta-feira, 19, na véspera da convenção para oficializar sua candidatura, que “comete alguns erros”, e voltou a fazer um aceno aos partidos de esquerda nas eleições 2018. A afirmação foi feita antes de o Centrão fechar acordo com o tucano Geraldo Alckmin, mas quando já havia sinalização de que o grupo estava se distanciando de Ciro. “Preciso sinalizar a todos os brasileiros de boa-fé que não sou o dono da verdade, eu cometo erros. Não me custa nada reconhecer isso, mas nenhum deles foi por deserção”, disse. “Quem quiser, quem puder me ajudar, será muito bem-vindo, mas saibam daquela porta para fora que este governo que eu liderar servirá aos mais pobres e trabalhadores”, complementou. Até o início da semana, Ciro tinha a preferência de pelo menos dois presidentes dos partidos do bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade. Porém, recentes declarações polêmicas de Ciro, principalmente na área econômica, provocaram desgaste e receio nos partidos, como um xingamento a uma promotora de Justiça, na ação movida por injúria racial em declaração crítica ao vereador paulistano Fernando Holiday, do DEM. Além disso, há resistência a propostas econômicas do pedetista. Logo depois, já com o apoio definido do Centrão a Alckmin, o presidente do PDT, Carlos Lupi, minimizou a “perda” da aliança. “Qual o prejuízo de se ter aquilo que não se tinha? Se eu não tinha, que prejuízo tive?”. Ao ser questionado se não tiraram o doce da boca da criança, ele respondeu: “Esse doce poderia estar estragado”. As declarações de Ciro foram dadas na sede do PDT, em Brasília, depois que ele recebeu documento assinado por diversas centrais sindicais, com propostas para seu programa de governo. Depois, o presidenciável se reuniu com um grupo do PDT Mulher.

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