Pular para o conteúdo principal

MP fala em crime político e busca mandante de atentado em Goiás

Ex-prefeito de Itumbiara Zé Gomes (PTB) é morto a tiros, e vice-governador, José Eliton (PSDB), baleado durante uma carreata na cidade

O Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil vão apurar o envolvimento de outros políticos no atentando a tiros que matou nesta quarta-feira o ex-prefeito de Itumbiara Zé Gomes (PTB), novamente candidato à prefeitura, durante uma carreata na cidade. A principal suspeita é que o crime tenha sido encomendado por adversários de Gomes.
“Com certeza houve motivação política”, disse a VEJA o promotor de Justiça Clayton Korb Jarczewki, responsável pelas eleições na cidade. “Esse é um problema político local. Pelo perfil do criminoso, pelo modus operandi, é possível que tenha sido um crime sob encomenda. Nós temos essa linha de investigação que deve chegar a outros políticos locais.”
No ataque a tiros, também morreu o cabo da PM Vanilson João Pereira, que fazia a escolta do governador em exercício José Eliton (PSDB) – vice do tucano Marconi Perillo, ele levou dois tiros na região do abdômen e foi operado no hospital da cidade. Perillo estava em viagem aos Estados Unidos. Para o promotor, que acompanha as investigações, o vice-governador não era alvo do ataque e foi alvejado pelos disparos por estar ao lado do candidato a prefeito. O autor dos disparos também foi morto por policiais que faziam a segurança do vice.
A Polícia Civil já descobriu que o atirador agiu sozinho na cena do crime. Segundo o promotor, Gilberto Ferreira do Amaral, de 53 anos, dirigiu um Fiat Siena preto com placa fria, registrada em Curitiba, até encontrar a carreata, que vinha na direção contrária em uma avenida de Itumbiara. Ele então desceu do carro e correu em direção à caminhonete com a pistola em punho. Ao se aproximar, reconheceu um policial militar sem farda que corria ao lado da picape e atirou. Em seguida abriu fogo contra Zé Gomes (PTB) e acabou por atingir também o vice-governador.
Funcionário da prefeitura, Gilberto Ferreira do Amaral teria ocupado inclusive cargos em comissão e também já havia trabalhado em delegacias da cidade – portanto, conhecia os policiais. No Portal da Transparência da prefeitura, ele tem registro como pedreiro admitido em 1998 e servidor de carreira. O Ministério Público investiga se ele trabalhava na campanha de um vereador da cidade. A Polícia Civil já começou a ouvir testemunhas. O foco da apuração é desvendar pessoas vinculadas ao atirador que teriam relação com o crime.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p