EUA: Congresso rejeita veto de Obama pela primeira vez em 8 anos
Legislação americana permite agora que parentes das vítimas de 11 de Setembro processem a Arábia Saudita

Ruínas do World Trade Center são vistas na Ilha de Manhattan, em Nova York. Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, dois aviões comerciais (Voos 11 da American Airlines e 175 da United Airlines) foram sequestrados no Aeroporto de Boston por terroristas da Al-Qaeda, e instantes depois atingiram intencionalmente as duas torres do maior complexo comercial do planeta. Nenhum tripulante dos voos sobreviveu (Alex Fuchs/AFP)
A Câmara dos Deputados votou por 348 a 76 contra o veto, horas depois de o Senado rejeitá-lo por 97 a 1, o que significa que a “Justiça Contra Patrocinadores de Ato de Terrorismo” vai virar lei. A decisão representou um golpe para Obama e para a Arábia Saudita, um dos mais antigos aliados americanos no mundo árabe.
Os onze vetos anteriores de Obama foram ratificados, mas desta vez quase todos os seus mais fortes apoiadores no Congresso ficaram contra ele numa das últimas ações antes de os parlamentares deixarem Washington para fazer campanha para as eleições de 8 de novembro.
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“Derrubar um veto presidencial é algo que consideramos sério, mas foi importante neste caso permitir que as famílias das vítimas do 11 de Setembro possam ir atrás de justiça, mesmo se isso causar desconfortos diplomáticos”, afirmou o senador democrata Charles Schumer em comunicado.
Schumer representa Nova York, local do World Trade Center e lar de muitas das quase 3 mil pessoas mortas nos ataques de 2001, dos sobreviventes do ataque e dos familiares das vítimas. Ele liderou a luta pela legislação no Senado junto com o republicano John Cornyn.
Obama argumentou que a proposta poderia expor empresas, tropas e autoridades americanas a processos judiciais e alienar importantes aliados em tempos de distúrbios globais. Ele telefonou para o líder da minoria no Senado, Harry Reid, e escreveu uma carta para ele explicando que acreditava de forma convicta que a lei poderia ser prejudicial aos interesses americanos. Reid foi o único senador a votar com Obama.
(Com Reuters)
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