Pular para o conteúdo principal

Conteúdo local traz sobrepreço inviável à Petrobras, diz Parente

Para presidente da companhia, o gasto extra por ter que comprar parte dos equipamentos de empresas do país é "inaceitável" e fruto de medida mal desenhada

A Petrobras não tem mais condições de aceitar as regras de conteúdo local exigidas do setor de petróleo, sob pena de pagar preços muito acima do mercado e ainda enfrentar atrasos em empreendimentos. A afirmação foi feita, de maneira enfática, nesta segunda-feira pelo presidente da companhia, Pedro Parente. Ao apresentar o plano de negócios da estatal na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o executivo frisou que “é absolutamente impossível trabalhar dessa forma”, se referindo às atuais regras de conteúdo local.
Leia também:
Governo limita FGTS no Minha Casa Minha Vida para evitar pedalada
Investimento direto no país soma US$ 7,2 bilhões em agosto

“Tivemos um problema em uma plataforma, que por causa de problema de conteúdo local veio com preço 40% acima do previsto… o que não dá, senhores, absolutamente não dá. Como uma empresa aceitaria isso?”, questionou Parente, ao ser perguntado sobre o tema por empresários paulistas.
Segundo ele, a Petrobras não é contra a existência de uma política de conteúdo local, pois entende que isso é necessário, mas a companhia não pode ser excessivamente onerada por isso. “Falo enfaticamente não porque estou nervoso, zangado, mas é um assunto que merece essa ênfase, porque não dá para a gente pagar 40% acima de um preço porque existe uma política que foi mal desenhada. Ela é ruim, essa política, ela não tem os fundamentos melhores”, disse Parente.
Ele disse ainda que quando foi convidado para presidir a companhia teve uma conversa com Michel Temer na qual o presidente deixou claro que queria “profissionalizar a Petrobras”, o que o levou a aceitar o desafio.
(Com Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.