Pular para o conteúdo principal

EUA culpam Rússia por ataque a comboio humanitário na Síria

O Departamento de Estado, em comunicado, informa que tanto os russos como o regime de Assad "conheciam o destino do comboio, e mesmo assim o atacaram"

Os Estados Unidos responsabilizaram nesta terça-feira a Rússia pelo ataque contra um comboio humanitário na Síria e afirmaram que “repensarão” se continuarão cooperando com o governo russo. Para Washington, Moscou deve demonstrar “rapidamente” se ainda está comprometida com o acordo para um cessar-fogo no país árabe.
Um funcionário da Casa Branca, falando em condição de anonimato à imprensa americana, afirma “tem certeza” que o ataque foi um bombardeio executado pelas forças russas ou pelo regime sírio apoiado pelos russos. “Em qualquer caso, os russos têm a responsabilidade de não fazer esse tipo de ataque e de evitar que o regime sírio faça”, disse. “Temos claros indícios, não apenas os EUA, mas também a ONU e a Cruz Vermelha, que isto foi um ataque aéreo”.
Leia também
Síria declara fim de cessar-fogo de uma semana no país
Trégua na Síria termina nesta segunda e prorrogação é incertaConselho de Segurança se reúne após EUA atacar forças sírias
A ONU confirmou nesta segunda que houve um ataque contra um comboio humanitário na região de Urum al Kubra, no oeste da província de Alepo, mas disse que não possui o número exato das vítimas e também não se pronunciou sobre o possível responsável do fato. Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 12 pessoas morreram no bombardeio, a maioria motoristas dos caminhões da caravana humanitária da ONU e um funcionário do Crescente Vermelho Síria.
O porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, disse em comunicado que tanto o governo russo como o regime de Assad “conheciam o destino do comboio, e mesmo assim os trabalhadores humanitários foram assassinados”. “Os Estados Unidos vão tratar deste tema diretamente com a Rússia. Dada esta violação flagrante da cessação de hostilidades, nós vamos pensar nas perspectivas futuras de cooperação com a Rússia”, afirmou Kirby.
Os EUA apoiam grupos rebeldes que lutam para destituir o ditador Assad do poder. Já a Rússia é a o maior aliado das tropas do regime sírio, fieis a Assad. Em meio à guerra civil há ainda grupos jihadistas, como o Estado Islâmico, que promovem o terror na Síria. A guerra no país, que começou em 2011, deixou mais de 300.000 mortos e forçou o exílio de milhões de pessoas.
(Com agências EFE e Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...