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Parlamento grego aprova cortes no orçamento

Medida é necessária para que país receba segundo pacote de resgate.
Redução de gastos deve chegar a 3,2 bilhões de euros.

O Parlamento grego aprovou na noite desta terça-feira (28) uma nova série de cortes no orçamento – incluindo a redução das aposentadorias e do salário mínimo –, solicitados pelos credores da Grécia em troca de um novo plano de socorro.
Ministros gregos concordaram com cortes profundos nesta terça-feira (28), em Atenas, para começar a implementar medidas exigidas pelos credores internacionais em troca de um pacote de resgate de 130 bilhões de euros (Foto: John Kolesidis / Reuters)Ministros gregos concordaram com cortes profundos nesta terça-feira (28), em Atenas, para começar a implementar medidas exigidas pelos credores internacionais em troca de um pacote de resgate de 130 bilhões de euros (Foto: John Kolesidis / Reuters)
A maioria dos deputados da coalizão formada pelos Socialista e os partidos conservadores aprovou a redução de gastos, totalizando 3,2 bilhões de euros para 2012.
Estas medidas terão efeito, particularmente, sobre as aposentadorias dos funcionários públicos, que sofrerão reduções; nos salários dos dirigentes locais e na fusão de órgãos públicos.
As medidas incluem cortes orçamentários significativos, principalmente em Saúde e Previdência e, em menor medida, em Defesa.
O salário mínimo cairá 22%, para 585 euros mensais brutos, uma redução que será de 32% no caso dos menores de 25 anos.
As aposentadorias superiores a 1,3 mil euros mensais serão reduzidas em 12%, assim como os bônus dos pagamentos de aposentadoria superiores a 200 euros mensais.
Durante o debate no plenário parlamentar, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, reconheceu que os cortes são "dramáticos", mas destacou que não há outra solução. "Se não começarmos a gerar superávits primários no próximo ano, a situação será catastrófica."
A lei ratificada nesta terça-feira era necessária para a entrada em vigor das medidas exigidas pelo grupo de entidades credoras conhecido como "troika" – formado pela Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – como condição para a concessão do segundo pacote de resgate, avaliado em 130 bilhões de euros.
Histórico
Há uma semana, os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram o novo pacote de resgate financeiro para a Grécia com a finalidade de evitar o calote da dívida do país.
Foi aprovado o desbloqueio e um empréstimo de 130 bilhões de euros (o equivalente a R$ 296 bilhões), que reduzirá a carga da dívida da Grécia e permitirá que o país permaneça na zona do euro, embora sob um grau de controle externo e fiscalização muito maior.
O pacote evita o risco de um calote de 14,5 bilhões de euros da Grécia, correspondentes aos títulos gregos que vencem em 20 de março.
O pacote também prevê um maior esforço na participação dos credores privados da Grécia, que aceitaram um perdão de 53,5% da dívida do país, ao invés dos 50% previstos originalmente. Com isso, os bancos, asseguradoras, fundos de investimento e fundos de pensão perderão ao todo cerca de 107 dos 200 bilhões de euros em dívida grega que possuem.
A maior participação dos credores privados contribuirá para diminuir a dívida grega de 160% do PIB para 120,5% em 2020, cinco décimos acima do que estava previsto.

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