NOVA YORK - Diante da ameaça de ataques para desmantelar o seu programa
nuclear, as Forças Armadas do Irã anunciaram ontem a realização de exercícios
militares para proteger suas principais instalações, como as usinas de
enriquecimento de urânio de Natanz e Fordo. A medida foi anunciada em meio a
nova visita de uma missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a
Teerã e à suspensão da venda de petróleo a britânicos e franceses.
"Os exercícios serão em coordenação entre a Guarda Revolucionária, o Exército e as unidades de defesa antiaérea para estabelecer uma proteção para nossos centros vitais, especialmente as instalações nucleares", segundo um comunicado militar. Os exercícios começariam ontem.
Com medo de que o regime de Teerã desenvolva uma bomba atômica, Israel não descarta a possibilidade de uma ação militar contra as instalações nucleares persas. Os EUA e a União Europeia preferem esperar para ver se o embargo ao petróleo iraniano e as sanções ao Banco Central do Irã surtirão efeito.
Para o general Martin Dempsey, chefe das Forças Armadas dos EUA, que esteve no mês passado em Israel, onde se reuniu com autoridades locais, um ataque neste momento seria prematuro e imprudente.
O Irã nega que seu programa nuclear tenha a finalidade de construir uma bomba atômica. Na última semana, o regime tem dado sinais ambíguos sobre quais serão seus próximos passos. No sábado, os iranianos decidiram suspender a venda de petróleo para a Grã-Bretanha e a França, antecipando-se ao embargo imposto pela UE, que deve entrar em vigor em julho. A chancelaria da França deu ontem pouca importância à decisão do Irã, dizendo que ela terá pouco efeito sobre as companhias petrolíferas francesas, que já haviam restringido a compra do petróleo iraniano por causa das sanções aprovadas no mês passado.
Ao mesmo tempo, o regime anunciou que está disposto a retomar as negociações diplomáticas com o sexteto, composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.
Reunião. O governo do Irã recebeu ontem uma nova missão da AIEA em Teerã. O inspetores terão dois dias de reuniões com autoridades iranianas para tentar esclarecer alguns pontos do programa nuclear. No fim do ano, a agência da ONU afirmou em relatório que existem indícios de que a finalidade do regime é desenvolver uma bomba atômica ou ao menos conseguir a capacidade para produzir uma.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, os inspetores, que permanecerão em Teerã por dois dias apenas, não visitarão instalações nucleares. A última visita deles ocorreu no fim de janeiro.
Bélgica, República Checa e Holanda deixaram ontem de comprar petróleo do Irã. Grécia, Espanha e Itália, os países mais afetados pela crise europeia, também estão reduzindo suas importações do país persa, que ontem ameaçou parar de vender o óleo a outros países da UE.
"As relações tensas entre o Irã e os países da União Europeia não podem permanecer desta forma por muito tempo", disse o chanceler iraniano. "Os europeus precisam do Irã e nós precisamos da Europa. Somos complementares."
Ao todo, a UE é responsável por 18% do total das exportações iranianas. Os principais clientes do regime de Teerã são China e Índia, que não demonstram interesse em fazer parte da coalizão internacional que decidiu impor um embargo aos iranianos em razão de seu programa nuclear.
Ahmadinejad e o programa nuclear foram tema
em desfile de carnaval de Dusseldorf, na Alemanha
"Os exercícios serão em coordenação entre a Guarda Revolucionária, o Exército e as unidades de defesa antiaérea para estabelecer uma proteção para nossos centros vitais, especialmente as instalações nucleares", segundo um comunicado militar. Os exercícios começariam ontem.
Com medo de que o regime de Teerã desenvolva uma bomba atômica, Israel não descarta a possibilidade de uma ação militar contra as instalações nucleares persas. Os EUA e a União Europeia preferem esperar para ver se o embargo ao petróleo iraniano e as sanções ao Banco Central do Irã surtirão efeito.
Para o general Martin Dempsey, chefe das Forças Armadas dos EUA, que esteve no mês passado em Israel, onde se reuniu com autoridades locais, um ataque neste momento seria prematuro e imprudente.
O Irã nega que seu programa nuclear tenha a finalidade de construir uma bomba atômica. Na última semana, o regime tem dado sinais ambíguos sobre quais serão seus próximos passos. No sábado, os iranianos decidiram suspender a venda de petróleo para a Grã-Bretanha e a França, antecipando-se ao embargo imposto pela UE, que deve entrar em vigor em julho. A chancelaria da França deu ontem pouca importância à decisão do Irã, dizendo que ela terá pouco efeito sobre as companhias petrolíferas francesas, que já haviam restringido a compra do petróleo iraniano por causa das sanções aprovadas no mês passado.
Ao mesmo tempo, o regime anunciou que está disposto a retomar as negociações diplomáticas com o sexteto, composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.
Reunião. O governo do Irã recebeu ontem uma nova missão da AIEA em Teerã. O inspetores terão dois dias de reuniões com autoridades iranianas para tentar esclarecer alguns pontos do programa nuclear. No fim do ano, a agência da ONU afirmou em relatório que existem indícios de que a finalidade do regime é desenvolver uma bomba atômica ou ao menos conseguir a capacidade para produzir uma.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, os inspetores, que permanecerão em Teerã por dois dias apenas, não visitarão instalações nucleares. A última visita deles ocorreu no fim de janeiro.
Bélgica, República Checa e Holanda deixaram ontem de comprar petróleo do Irã. Grécia, Espanha e Itália, os países mais afetados pela crise europeia, também estão reduzindo suas importações do país persa, que ontem ameaçou parar de vender o óleo a outros países da UE.
"As relações tensas entre o Irã e os países da União Europeia não podem permanecer desta forma por muito tempo", disse o chanceler iraniano. "Os europeus precisam do Irã e nós precisamos da Europa. Somos complementares."
Ao todo, a UE é responsável por 18% do total das exportações iranianas. Os principais clientes do regime de Teerã são China e Índia, que não demonstram interesse em fazer parte da coalizão internacional que decidiu impor um embargo aos iranianos em razão de seu programa nuclear.
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