Parlamento da Grécia aprova projeto de lei que permite redução da dívida
Medida inclui troca de dívida com credores privados.
Medida é necessária para que país receba segundo pacote de ajuda.
O plano de reestruturação da dívida do país, autorizado pelo Eurogrupo na noite de segunda para terça-feira junto ao novo crédito de 130 bilhões de euros, significará o perdão de 107 bilhões de euros, ou seja, 53,5% do montante dos bônus nas mãos dos grandes bancos privados e dos fundos de investimento.
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Esta lei, adotada "pela maioria" do conjunto dos deputados presentes, autoriza o início de uma operação de reestruturação da dívida grega, inédita por sua envergadura na história financeira, com a finalidade de reduzir a dívida pública do país heleno de 160% do PIB atual pára 120,5% em 2020O projeto de lei sobre o corte da dívida inclui um mecanismo chamado Cláusula de Ação Coletiva (CAC) que permitirá obrigar os credores da dívida helena aceitar os cortes.
A primeira reação a essa medida chegou ontem a partir da agência de medição de risco Fitch, que rebaixou a nota da dívida grega de CCC para C, colocando-a beira do nível de falta de pagamento.
Evangelos Venizelos fala no
Parlamento nesta quinta-feira
(Foto: AFP)
Esta é a opinião que mantiveram os fundos de risco que possuem títulos da dívida helena, que ameaçaram fazer uso das permutas de falta de pagamento creditício (CDS) se forem obrigados a participar dos cortes, uma posição que foi reforçada pela declaração de Fitch.
Os grandes bancos - representados nas negociações pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF) - se mostraram mais partidários do processo de perdão, pois esperam que os incentivos que serão repartidos entre Grécia e os fundos destinados a recapitalização bancária permitirão atenuar parte das perdas derivadas da reestruturação da dívida.
De acordo com a imprensa grega, dos 130 bilhões de euros do empréstimo 30 bilhões de euros serão utilizados como incentivo para os bancos e outros 23 bilhões para recapitalizar as perdas bancárias, embora o ministro das Finanças heleno, Evangelos Venizelos, reconheceu que este último número poderia aumentar até 50 bilhões de euros, dependendo das necessidades bancárias.
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