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Economist’ aponta sinais de perda da hegemonia dos EUA
22 de fevereiro de 2012 | 15h31



A revista britânica “The Economist” enumerou, em um artigo, alguns dados indicando que os Estados Unidos estão perdendo espaço no mercado mundial. Veja abaixo.
. De 1999 a 2009, a participação dos EUA na indústria aeroespacial mundial caiu 36%. No mesmo período, o país também teve perda nos mercados de tecnologia da informação (queda de 9%), equipamentos de comunicação (8%) e carros (3%);
. As multinacionais dos EUA têm escolhido outros países para gerar emprego e inovar. Em 1989, 21% dos empregados dessas companhias estavam fora dos EUA; em 2009, essa proporção já estava em 32%. Em 1999, só 9% dos investimentos de multinacionais americanas em pesquisa e desenvolvimento eram feitos fora dos EUA; em 2009, 16% o eram;
. A Harvard Business School fez recentemente uma pesquisa com seus alunos. Perguntou a eles, entre outras coisas, se as empresas em que eles trabalham têm preferido investir nos EUA ou fora. Os EUA perdiam em dois terços das respostas;
É verdade que esses dados não dizem tudo sobre a economia americana. Por exemplo, a revista não analisou a evolução da produtividade nos EUA. Sobre a transferência de empregos para outros países, não disse se os funcionários contratados no exterior ganham mais ou são mais qualificados.
Enfim, não é um estudo completo sobre a perda da hegemonia dos EUA, mas já diz algo. O país perde mercado em setores de ponta, como o aeroespacial e a tecnologia da informação. Isso vai de encontro ao lugar comum segundo o qual o capital só sai dos EUA quando busca mão de obra barata e pouco qualificada.
Trunfos e dificuldades
Para o semanário, os EUA têm “trunfos enormes” e alguns empecilhos para enfrentar esse cenário. Os trunfos citados pela publicação são as “universidades imbatíveis” e um mercado altamente diversificado.
Os problemas seriam a imprevisibilidade da política. Ou, de “Sem um consenso dos partidos [sobre o desequilíbrio nas contas públicas], ninguém pode conter os imensos programas sociais que crescem automaticamente, como o Medicare (de saúde) e a Seguridade Social (aposentadoria e pensão)”, diz. “Dessa forma, os déficits se escancaram e o estado de bem-estar social continuam aumentando, mesmo que as estradas americanas se desfazem. Essa não é uma receita para o dinamismo”, disse a publicação.

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