Em manifesto, entidades disseram que Dilma não expressou desacordo.
Assessoria da Presidência disse não haver manifestação sobre a carta.
Os clubes militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, que reúnem reservistas da Forças Armadas, publicaram na última quinta-feira (16) um manifesto em que expressam "preocupação" com declarações de duas ministras do governo e do PT sobre a ditadura militar, sem que a presidente Dilma Rousseff manifestasse "desacordo".
O documento começa citando discurso de Dilma em outubro de 2010, após sua eleição, em que se comprometia a ser "presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião de crença e de orientação política". Em seguida, o texto diz que "paulatinamente vê-se a presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas".
Como exemplo, as entidades citam três episódios, ocorridos no início de fevereiro. O primeiro foi uma entrevista da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, ao jornal "Correio Braziliense", em que ela fala da possibilidade de vítimas da ditadura entrarem com ações na Justiça para punir agentes repressores.
O texto diz que a posição contraria decisão de abril de 2010 do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou válida a Lei da Anistia (1979), que concede perdão a todos os crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985).
Os militares citam ainda dicurso da nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Durante sua posse, diz a carta, Menicucci se "auto-elogiou" ao declarar que "lutou pela democracia" durante a ditadura. "Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia", rebate o documento.
Por último, o texto cita resolução aprovada na comemoração dos 32 anos do PT, em que, segundo o manifesto, o partido se diz empenhado "no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar", referência à Comissão da Verdade. "Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo".
Ao final do manifesto, os clubes dizem aguardar "com expectativa positiva a postura de presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos". O G1 entrou em contato com a Presidência e, até a última atualização desta reportagem, a assessoria de imprensa informou não haver manifestação do Planalto sobre a carta dos militares.
O documento começa citando discurso de Dilma em outubro de 2010, após sua eleição, em que se comprometia a ser "presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião de crença e de orientação política". Em seguida, o texto diz que "paulatinamente vê-se a presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas".
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"Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros", diz o texto, assinado pelo almirante Ricardo Antonio da Veiga Cabral (presidente do Clube Naval), pelo general Renato Cesar Tibau da Costa (presidente do Clube Militar), e pelo brigadeiro Carlos de Almeida Baptista (presidente do Clube de Aeronáutica).Como exemplo, as entidades citam três episódios, ocorridos no início de fevereiro. O primeiro foi uma entrevista da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, ao jornal "Correio Braziliense", em que ela fala da possibilidade de vítimas da ditadura entrarem com ações na Justiça para punir agentes repressores.
O texto diz que a posição contraria decisão de abril de 2010 do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou válida a Lei da Anistia (1979), que concede perdão a todos os crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985).
Os militares citam ainda dicurso da nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Durante sua posse, diz a carta, Menicucci se "auto-elogiou" ao declarar que "lutou pela democracia" durante a ditadura. "Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia", rebate o documento.
Por último, o texto cita resolução aprovada na comemoração dos 32 anos do PT, em que, segundo o manifesto, o partido se diz empenhado "no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar", referência à Comissão da Verdade. "Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo".
Ao final do manifesto, os clubes dizem aguardar "com expectativa positiva a postura de presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos". O G1 entrou em contato com a Presidência e, até a última atualização desta reportagem, a assessoria de imprensa informou não haver manifestação do Planalto sobre a carta dos militares.
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