A presidente Dilma Rousseff, após um ano de mandato, sai da "sombra" de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e impõe cada vez mais o seu estilo pessoal ao governo brasileiro. Esta é a conclusão de um artigo publicado nesta sexta-feira (17) pela revista britânica "The Economist". O texto cita as demissões de sete ministros acusados de desvios éticos como uma mudança de postura do governo petista. "Em um ano de mandato, o governo Dilma mostra que é firme em seus princípios. É mais técnico, leal e, de longe, mais feminino do que foi o de Lula". Com o título "Sendo ela mesma", a publicação é acompanhada de uma charge em que a presidente é ilustrada dirigindo um ônibus e entrando na rua "Dilma′s Way` (caminho de Dilma). Políticos caem pela janela do ônibus e Lula aparece assustado na calçada, ao lado do veículo. A aprovação de 59% de Dilma – que retorna nesta sexta-feira (17) para Salvador, para descansar durante o período do Carnaval - é citada como um ponto positivo para a tranquilidade do governo, bem como a maioria folgada no Congresso.
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente Lula pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.
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