"Golpe seria crime de responsabilidade sem punição", diz ex-ministro do STF
Juristas e opositores criticaram o mandado de segurança da AGU impetrado no Supremo, dizendo que a Câmara respeitou defesa de Dilma e que não há brecha para processo recuar
O ex-ministro lembrou que no passado, as pedaladas fiscais, levaram os bancos públicos estaduais a quebrar. Ele disse que as pedaladas e a edição de decretos não numerados "constituem grave crime de responsabilidade".
Governo recorre ao STF para anular processo de impeachment
90% da bancada do PMDB devem votar pró-impeachment
O professor da PUC-SP Marcelo Guedes Nunes afirmou que há "uma profusão de argumentos jurídicos" na denúncia pelo impeachment. O advogado tributarista Hamilton Dias de Souza afirmou que o governo comete "crimes comuns", além dos de responsabilidade descritos na denúncia. Ao criticar as barganhas por cargos públicos no governo federal e disse que quem está intermediando os acordos pode ser acusado de tráfico de influência e corrupção.
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) afirmou a Câmara cumpriu rigorosamente o rito estabelecido pelo Supremo ao analisar a denúncia contra Dilma. "Não há brecha para se questionar qualquer etapa dos procedimentos adotados. É o velho esperneio, o 'jus sperniandi' que ele tem direito de fazer. Se ele quiser, além do STF, recorrer ao papa, ao Vaticano, ele também poderá fazer. Mas não tem espaço para fazer com que esse processo recue", disse o democrata.
Para o deputado, o fato de o ministro José Eduardo Cardozo (AGU) impetrar o recurso antes da votação de domingo, e depois de partidos da base como PSD, PMDB e PP decidirem apoiar o impeachment, mostra que o governo percebeu a derrota. "Mostra claramente que eles perderam o jogo aqui dentro do Congresso e vão apelar sempre. O parlamento vai aprovar com folga o impedimento da presidente Dilma."
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