Comissão Especial do Senado ouve hoje autores do pedido de impeachment
Amanhã, sexta-feira, será ouvido o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente
Os juristas Janaína Paschoal e Miguel Reale voltam a explicar no Congresso o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Junto com o advogado Hélio Bicudo, eles assinam a denúncia de crime de responsabilidade de Dilma com base nas chamadas 'pedaladas fiscais'(Rodrigues Pozzebom/VEJA)
A Comissão Especial do Impeachment no Senado ouve nesta quinta-feira os advogados Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores da denúncia que deu origem ao processo contra a presidente Dilma Rousseff. Os requerimentos foram aprovados na sessão dessa quarta-feira. Amanhã, sexta-feira, será ouvido o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente. Além de Cardozo, mais dois ministros serão convidados: Nelson Barbosa (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura), além de um representante do Banco do Brasil. Leia mais: Para preservar bancada, PP não deve expulsar deputados que votaram contra impeachment Contra o impeachment, MST bloqueia rodovias e promove invasões em oito EstadosNa próxima segunda-feira serão ouvidos, também pela acusação, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso e o procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, que identificou o atraso no repasse de recursos para bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, as chamadas pedaladas fiscais. Também está na lista o professor do Departamento de Direito Econômico-Financeiro e Tributário da Universidade de São Paulo (USP), Maurício Conti. Na terça-feira falarão pela defesa o professor de direito processual penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Geraldo Prado, o diretor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lodi Ribeiro, além de Marcelo Lavenère, ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Segundo o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), por dia, só serão permitidas, no máximo, quatro manifestações, que juntas não poderão ultrapassar o tempo de duas horas.
A comissão especial do impeachment no Senado é responsável por elaborar um parecer sobre a admissibilidade do pedido que pode levar Dilma a deixar precocemente o Palácio do Planalto.
A sessão de instalação da comissão, confirmada terça-feira, marcou o início da contagem de prazo para o julgamento do eventual afastamento da presidente Dilma. O colegiado tem até dez dias para elaborar e julgar um parecer sobre a admissibilidade do pedido de impeachment levando em conta os dois pontos que embasam a acusação contra Dilma por crime de responsabilidade. Raimundo Lira trabalha com a hipótese de o veredicto da comissão ser votado no dia 6 de maio. A votação da admissibilidade do impeachment em Plenário deve ocorrer no dia 11 de maio. Para o afastamento ser consolidado, é necessária que haja maioria simples de votos (metade mais um dos presentes no dia da votação). Com Dilma afastada, assume o governo temporariamente o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
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