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Decisão da Câmara é 'retrocesso', diz Jaques Wagner

Em comunicado divulgado logo após o voto que garantiu a aprovação do impeachment, ministro diz que proposta 'ameaça interromper trinta anos de democracia no país'

Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete da Presidência
Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete da Presidência(AFP)
Imediatamente após o voto que garantiu a aprovação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara, o ministro-chefe do Gabinete da Presidência Jaques Wagner soltou uma nota afirmando que a decisão é um "retrocesso" e "ameaça interromper trinta anos de democracia no país".
Neste domingo, a Câmara aprovou com 367 votos a favor o processo de impeachment de Dilma, que agora segue para o Senado. Em seu comunicado, Wagner ataca os parlamentares favoráveis ao afastamento e o relatório da comissão especial: "Foi uma página triste virada pelos deputados que concordaram com argumentos frágeis e sem sustentação jurídica do relatório do deputado Jovair Arantes".
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Wagner esteve ao lado de Dilma durante todo o domingo, no Palácio da Alvorada. Após criticar a decisão da Câmara, o ministro disse na nota que o governo "confia" nos senadores. "Acreditamos que o Senado, que representa a federação, possa observar com mais nitidez as acusações contra a presidente, uma vez que atingem também alguns governadores de Estado."
O ministro disse ainda que a decisão é um retrocesso "porque se trata de um impeachment orquestrado por uma oposição que não aceitou a derrota nas últimas eleições, e que não deixou a presidente governar".
(Com Estadão Conteúdo)

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