Reuters) Os juristas "pela legalidade"
Em evento com juristas chapa-branca no Palácio do Planalto em 22 de março, a presidente atacou o juiz federal Sergio Moro, que dias antes havia tirado o sigilo de grampos telefônicos em que ela e Lula tratavam de um termo de posse para impedir a prisão do ex-presidente na Operação Lava Jato. Deixando de lado o decoro que a função de chefe de Estado exige, Dilma adotou abertamente um discurso de militante do PT, além de transformar o Planalto em um palanque. Ela chegou a dizer ao microfone a frase "não vai ter golpe", transformada em mantra pelos movimentos de esquerda que insistem em comparar indevidamente um mecanismo previsto na Constituição ao golpe militar de 1964. Os juristas alinhados ao governo também tiveram espaço ao microfone: desferiram ataques na cruzada petista contra o magistrado à frente da Lava Jato e se levantaram contra o Ministério Público Federal e a campanha 'Dez Medidas contra a Corrupção' e repudiaram o apoio da OAB ao impeachment de Dilma.2 de 7(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Minha Militância, Minha Vida
No dia 30 de março, um dia depois de perder o apoio do PMDB, Dilma organizou mais um ato político contra o impeachment dentro do Palácio do Planalto, desta vez durante o anúncio da nova fase de uma de suas vitrines eleitorais: o programa Minha Casa, Minha Vida. A presidente contou com dezenas de militantes de movimentos sociais e de moradia popular (MST, MTST, CONAM, FNL e CMP, entre outros) para transformar o evento oficial em manifestação política. "Não existe essa conversa de não gosto do governo então ele cai", disse Dilma. "Impeachment está previsto na Constituição, agora é absolutamente má-fé dizer que por isso todo impeachment está correto. Para estar correto, a Constituição exige que se caracterize crime de responsabilidade. Impeachment sem crime de responsabilidade é o quê? É golpe", perguntou e respondeu a petista.3 de 7(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil) Artistas e intelectuais contra o "golpe"
No dia seguinte ao ato político com movimentos sociais travestido de lançamento da nova fase do Minha Casa, Minha Vida, o Palácio do Planalto voltou a receber claque favorável à presidente. Desta vez, a turma foi formada por artistas e intelectuais. Atores como Osmar Prado, Sérgio Mamberti e Letícia Sabatella, além do escritor Fernando Morais e a cineasta Anna Muylaert, desfilaram seus apoios "progressistas" a Dilma, que reproduziu a fala prevista no roteiro governista: "Se chamaram, no passado, revolução de golpe, hoje estão tentando dar um colorido democrático a um golpe porque não tem base legal para ser feito".4 de 7(Foto: Felipe Frazão/VEJA) Camponeses vão ao Planalto – e reclamam de Dilma
Completando uma sequência de três dias com atos em sua defesa dentro do Planalto, Dilma recebeu em 1º de abril campesinos nordestinos. O pretexto para reunir os militantes foi o anúncio de medidas de reforma agrária, que têm por objetivo agradar aos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), além de coletivos negros e quilombolas. Apesar de toda a torcida favorável, Dilma usou tom mais brando ao assumir o microfone. "Hoje o Brasil tem os dois aspectos da democracia ameaçados", denunciou, tímida. No dia da mentira, o ato ainda teve reclamações de militantes da causa agrária. "Os decretos assinados agora representam muito pouco para a demanda dos movimentos sociais na luta concreta da reforma agrária no Brasil", ressentiu-se Aristides Veras dos Santos, tesoureiro da Contag.5 de 7(Foto: Adriano Machado/Reuters) "Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia"
O "Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia", quarto ato em desagravo a Dilma, no dia 7 de abril, manteve o cenário oficial do Palácio do Planalto, mas não veio disfarçado de agenda de governo. Foram ao encontro da presidente mulheres de entidades como a Central Única de Trabalhadoras (CUT) e a Marcha das Margaridas, que representa trabalhadoras rurais. No evento, Dilma repetiu a ladainha do golpe: "Em um regime presidencialista, como o nosso, é necessário ter base jurídica e política para tirar um presidente. Submeter-me ao impeachment ou exigir minha renúncia, ou tentar quaisquer expedientes que comprometam o mandato que me foi conferido é um golpe de Estado sim. Um golpe dissimulado, com um pretenso verniz de legalidade, mas um golpe. Pura e simplesmente isso, um golpe".6 de 7(Foto: Evaristo Sa/AFP) Em encontro com educadores, discurso duro contra Temer e Cunha
Em encontro com representantes do setor de educação no Palácio do Planalto, no dia 12 de abril, Dilma poupou a cortesia e fez um duro discurso direcionado ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ao citar o vazamento de um áudio em que Temer falava como se o processo de admissibilidade do impeachment, cuja votação ainda não tinha ocorrido, já tivesse sido aprovado, Dilma afirmou que "existem dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada". A petista se referiu a Temer e Cunha como "chefe e vice-chefe do gabinete do golpe".7 de 7(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Cunha, o "pecado original"
Após a aprovação da admissibilidade do pedido de impeachment no plenário da Câmara por 367 votos contra 137, Dilma voltou a alça de mira a Eduardo Cunha. Nesta quarta-feira, 27 de abril, a presidente se referiu ao peemedebista que preside a Câmara como "pecado original" do processo que pode abreviar seu mandato. "O senhor presidente da Câmara, que tem acusações e pedidos de processo no Supremo Tribunal Federal, abriu o impeachment. Esse é o pecado original", atacou a petista, novamente diante de uma plateia favorável no Planalto. A presidente ainda prometeu que não vai deixar "que encurtem o caminho para o poder numa eleição falsificada de impeachment" e classificou a ação de afastamento como "um processo de eleição indireta daqueles que não têm voto para se colocar numa disputa e receber votos do povo brasileiro, que é o único caminho correto para alguém chegar ao governo".
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO 1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
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