Moro ordenou buscas em hotéis de Brasília para apurar versão de Baiano sobre Palocci
Operador do petrolão esteve na capital federal ao menos 24 vezes. Na maioria delas, a empreiteira Delta é listada como responsável pelas reservas
Baiano relatou em sua delação premiada ter estado em Brasília entre os dias 14 e 15 de junho de 2010, quando, acompanhado do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, teria ido a uma casa que servia como base a Palocci, comandante do comitê de campanha da então candidata Dilma Rousseff.
A reunião com Palocci, de acordo com o operador de propinas, foi agendada pelo pecuarista e amigo de Lula José Carlos Bumlai e resultou em um repasse de 2 milhões de reais à campanha que elegeu Dilma pela primeira vez.
Nos históricos de registros dos hotéis Brasil 21 Suítes, Meliá Brasil 21 e Tryp Brasil 21, coletados pela PF, estão listadas 24 ocasiões em que Fernando Antônio Falcão Soares, nome civil de Baiano, se hospedou em algum deles. Nos dias em que ele diz ter se reunido com Palocci em Brasília, os registros indicam apenas Fernando Soares, um nome comum. No mandado de busca, Moro pediu a tomada de "registros especificos envolvendo Fernando Antônio Falcão Soares, com nome completo ou abreviado".
Alvo da defesa de Palocci após ser desmentido por Paulo Roberto Costa em acareação na CPI da Petrobras, Baiano entregou à força-tarefa da Operação Lava Jato em janeiro o comprovante da reserva no hotel Meliá.
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Por confusão no registro de nomes tão semelhantes no sistema dos hotéis, ou uma ainda desconhecida relação comercial de Baiano, a Delta aparece como responsável pelas reservas de Fernando Antônio Falcão Soares em 13 das 24 vezes em que ele esteve na capital federal (imagem abaixo).
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