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Moro ordenou buscas em hotéis de Brasília para apurar versão de Baiano sobre Palocci

Operador do petrolão esteve na capital federal ao menos 24 vezes. Na maioria delas, a empreiteira Delta é listada como responsável pelas reservas

Fernando Soares, o Fernando Baiano, durante a CPI da Petrobras na sede Justiça Federal Curitiba (PR) - 11/05/2015
Fernando Soares, o Fernando Baiano, durante a CPI da Petrobras na sede Justiça Federal Curitiba (PR)
O juiz federal Sergio Moro determinou no dia 6 de abril que a Polícia Federal fizesse buscas em hotéis do complexo Brasil 21, em Brasília, para mapear as andanças do operador do petrolão Fernando Baiano na capital federal em 2010 e apurar a veracidade de acusações do lobista contra o ex-ministro Antônio Palocci. Moro recomendou à PF "redobrada discrição" na diligência, já que os hotéis não são investigados. O conteúdo das buscas foi tornado público hoje pela Justiça Federal.
Baiano relatou em sua delação premiada ter estado em Brasília entre os dias 14 e 15 de junho de 2010, quando, acompanhado do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, teria ido a uma casa que servia como base a Palocci, comandante do comitê de campanha da então candidata Dilma Rousseff.
A reunião com Palocci, de acordo com o operador de propinas, foi agendada pelo pecuarista e amigo de Lula José Carlos Bumlai e resultou em um repasse de 2 milhões de reais à campanha que elegeu Dilma pela primeira vez.
Nos históricos de registros dos hotéis Brasil 21 Suítes, Meliá Brasil 21 e Tryp Brasil 21, coletados pela PF, estão listadas 24 ocasiões em que Fernando Antônio Falcão Soares, nome civil de Baiano, se hospedou em algum deles. Nos dias em que ele diz ter se reunido com Palocci em Brasília, os registros indicam apenas Fernando Soares, um nome comum. No mandado de busca, Moro pediu a tomada de "registros especificos envolvendo Fernando Antônio Falcão Soares, com nome completo ou abreviado".
Alvo da defesa de Palocci após ser desmentido por Paulo Roberto Costa em acareação na CPI da Petrobras, Baiano entregou à força-tarefa da Operação Lava Jato em janeiro o comprovante da reserva no hotel Meliá.
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Ao Conselho de Ética, delator confirma repasse de R$ 4 mi para Eduardo Cunha
Fernando Cavendish - Outro notório Fernando Soares a aparecer nas listas de hóspedes dos hotéis é Fernando Antonio Soares Cavendish, antigo dono da empreiteira Delta. Cavendish ganhou os holofotes quando veio à tona seu envolvimento nada republicano - e regado a jantares em Paris - com o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB).
Por confusão no registro de nomes tão semelhantes no sistema dos hotéis, ou uma ainda desconhecida relação comercial de Baiano, a Delta aparece como responsável pelas reservas de Fernando Antônio Falcão Soares em 13 das 24 vezes em que ele esteve na capital federal (imagem abaixo).
rasgado Fernado Baiano
(VEJA.com/VEJA)
TAGs:
Petrolão
Operação Lava Jato

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