No Titanic do PT, Lula é o maestro da orquestra A Lava Jato instilou no PT um ambiente de salve-se quem puder. Quem não está preso no porão de Curitiba foge para os barcos salva-vidas. Ouve-se ao longe a orquestra tocando enquando desliza pelo salão. O naufrágio do PT imita o afundamento do Titanic. Lula segura sua orquestra no salão. Ao convocar o maestro do petismo e a mulher dele, Marisa Letícia, para prestar depoimento sobre o triplex do Guarujá, o Ministério Público de São Paulo injetou dramaticidade na cena. Há nove dias, com água pelo pescoço, com as caldeiras explodindo e tubarões entrando pelas escotilhas, Lula esforçava-se para manter a pose. “Não sou investigado”, jactava-se a um grupo de blogueiros. “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu”, autovangloriava-se. Era como se ensinasse aos seus músicos: “Toquem com brio, nem uma nota fora do lugar!” As palavras de Lula dão um significado —ou pelo menos um