Pular para o conteúdo principal

Na TV, Alckmin liga polarização Bolsonaro-PT à Venezuela

Foto: Campanha Geraldo Alckmin
Programa relembra elogio de Bolsonaro a Chávez
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, usou nesta quinta-feira, 20, o horário eleitoral na TV para fazer o mais direto e duro ataque ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto. A proposta de Paulo Guedes – conselheiro econômico de Bolsonaro – de unificar tributos que incidiriam sobre todas as transações financeiras, de forma semelhante à antiga CPMF, foi levada para o palanque eletrônico do tucano. Alckmin, durante agenda em São Paulo, disse que a ideia representa um “tiro no pobre” e um “tiro na classe média”. O horário eleitoral do candidato do PSDB também classificou Guedes como um “banqueiro milionário” e vinculou uma eventual polarização entre Bolsonaro e o PT – que tem como candidato o ex-prefeito Fernando Haddad – ao “risco de o Brasil se tornar uma Venezuela”. Nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, Alckmin se mantém com um dígito, enquanto o candidato do PSL e o presidenciável petista estão, respectivamente, na primeira e na segunda colocação. Para tentar chegar ao segundo turno, a campanha tucana aposta nos ataques a Bolsonaro e no voto útil, apontando que a polarização “extrema” vai representar a volta do PT ao poder. Na avaliação de Alckmin, Haddad já tem vaga assegurada no segundo turno. Por isso, os programas desta quinta-feira foram usados em sua maior parte para desconstruir o adversário do PSL. Na propaganda eleitoral tucana exibida nesta noite o clima político que antecedeu o surgimento do regime chavista é comparado ao do Brasil dos dias atuais. Alckmin surge na tela dizendo que Bolsonaro é “intolerante e pouco afeito ao diálogo, um despreparado, um salto no escuro”. Logo depois, o tucano afirma que o “PT é a própria escuridão”. “Talvez esse seja um dos momentos mais delicados da nossa democracia. O risco de o Brasil se tornar uma nova Venezuela é real, a partir dos extremismos que estão colocados nessa eleição”, diz o tucano. “Por um lado, o extremismo de um deputado que já mostrou simpatia por ditadores, como Pinochet e Hugo Chávez, que já defendeu o uso da tortura, que acha normal que mulheres ganhem menos que os homens. Uma pessoa intolerante e pouco afeita ao diálogo, que em quase 30 anos de Congresso nunca presidiu uma comissão sequer. Nunca foi líder de nenhum dos nove partido a que foi filiado. Um despreparado, que representa um salto no escuro.” Antes, a peça diz que “o banqueiro” (Paulo Guedes) já avisou o que pretende fazer: “Menos imposto para os ricos, mais imposto para os pobres”. “Se Bolsonaro for eleito, prepare seu bolso.” Durante agenda de campanha em Guarulhos, na Grande São Paulo, Alckmin associou a proposta tributária à defesa de Bolsonaro da revisão do Estatuto do Desarmamento. “É fácil fazer ajuste passando a conta para o povo. O candidato da bala deu o primeiro tiro. Deu tiro no contribuinte, deu tiro na classe média, deu tiro no pobre, deu tiro na economia. O que ele quer é aumentar imposto”, disse o candidato do PSDB. Para o presidenciável tucano, recriar um imposto nos moldes da CPMF – instituída em 1997 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, para custear a saúde pública –, é decisão equivocada. Na madrugada de quinta-feira, Bolsonaro voltou a usar sua conta no Twitter para negar o que chamou de “notícias mal-intencionadas”. “Ignorem essas notícias mal-intencionadas dizendo que pretendemos recriar a CPMF. Não procede. Querem criar pânico pois estão em pânico com nossa chance de vitória”, escreveu. “Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso.”
Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Agência Brasil Augusto Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal Aras afirma desconforto com especulação sobre vaga no STF BRASIL O procurador-geral da República, Augusto Aras, em nota, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado. Segundo Aras, ao aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo. O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o se...