Pular para o conteúdo principal

Mourão fala em ‘arapuca’ e nega constrangimento após tuíte de Bolsonaro

Foto: Wilton Junior/Estadão
O general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL),
O general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente da República na chapa liderada pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL), negou que esteja pregando o fim do 13º salário e que “arrumaram uma arapuca” para ele, “mais uma vez, ao distorcerem” as suas palavras. Mourão disse ao Estado que “não se sentiu desautorizado” por Bolsonaro, “nem constrangido” e “nem pensou” em se afastar da campanha por causa disso. “Estamos em combate, e quando a gente está em combate, ocorrem estas coisas. A gente tem de ter resiliência e determinação para levar avante aquilo que a gente está pensando”, declarou, depois de ressaltar que esse assunto “morrerá em 24 horas e amanhã a notícia será outra”. Para ele, os assuntos que tinham de estar em voga nesta quinta-feira deveriam ser a saída de Anthony Garotinho da campanha ao governo do Rio, barrado pela Justiça, e o candidato do PT, Fernando Haddad, denunciado por corrupção pelo Ministério Público, ter nomeado tesoureiro de campanha acusado de caixa 2 pela Polícia Federal. Por conta das seguidas polêmicas, com “interpretações distorcidas” de suas falas, Mourão afirmou que pretende se impor silêncio. “Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em silêncio obsequioso. É uma boa linha de ação”, comentou ele que, no fim de semana pretende visitar Bolsonaro. Mourão informou que, antes de Bolsonaro divulgar o tuíte, lhe mandou a íntegra da mensagem informando o seu teor. “E eu achei que estava muito bem colocado e disse a ele: siga em frente”. O general ressaltou que não se sentiu desautorizado. “Eu não falei o que estão dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento. Um alerta sobre o custo extra para os empresários e os próprios governos, de um planejamento gerencial necessário para que o 13º salário seja pago, ou seja, governos e empresários devem reservar, ao longo do ano, recursos de modo a fazer frente à despesa. Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil”, comentou ele, que também se explicou em uma nota. “Obviamente eu não disse que sou contra o 13º obviamente porque eu não posso ser contra algo que eu recebo, até porque isso é uma cláusula pétrea da Constituição, que não pode ser mexida. O problema é que, dentro deste contexto que estamos vivendo, a pessoa pega e distorce. Estou aguardando a onda passar”. Questionado se achava que, com estas polêmicas causou problemas para a campanha de Bolsonaro, Mourão respondeu: “Não resta dúvida de que se levantou uma polêmica de algo que não era pra ser polêmico porque obviamente a pessoa que lançou isso, fez de má-fé porque não defendi fim de nada porque, repito, 13º é cláusula pétrea da Constituição”. Para ele, “os ataques fazem parte desta histeria coletiva que toma conta nestas vésperas da eleição”. Observou também que, quando visitá-lo, os dois conversarão, com calma. O general Mourão afirmou que a sua agenda de compromissos foi totalmente encerrada nesta quinta-feira e que ninguém mandou ele cancelar nada, “até porque não tem mais nada para cancelar”. Segundo ele, quando Bolsonaro sair do hospital, irão conversar sobre a última semana de campanha. Ele acredita que o candidato do PSL poderá até ganhar as eleições em primeiro turno. Mourão, que é general de Exército da reserva, rechaçou críticas de que poderia haver mal-estar nas Forças Armadas porque Bolsonaro, um capitão, teria desautorizado um general no Twitter, patente superior a dele. Mourão lembrou que Jair Bolsonaro ” é o candidato”, “ele é o político”, justificando que a questão é de campanha. Em seguida, informou: “Bolsonaro é deputado e, por isso mesmo, ele é mais antigo do que eu desde 1990, quando foi eleito. Ele me precede em qualquer cerimônia por ser deputado, conforme manual da Presidência da República. Não existe essa questão hierarquia neste caso. Ele foi capitão e desde 1990 é deputado quando passou a me preceder em qualquer solenidade e nada mudou, assim continua”. O candidato a vice acentuou que “existe uma deslealdade muito grande, que não se discutem as ideias, mas única e exclusivamente se procura distorcer o que está sendo falado”. Na opinião do general, “existe uma campanha de nível muito baixo contra Bolsonaro”.
Estadão Conteúdo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...