Juiz diz ser ‘imprescindíveis’ depoimentos de Temer, Moreira e Padilha no processo do ‘Quadrilhão do MDB’
Foto: Dida Sampaio/Estadão
Moreira Franco, Michel Temer e Eliseu Padilha
O juiz Vallisney de Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, marcou para os dias 23, 25 e 30 as audiências de instrução e julgamento em ação penal contra políticos acusados de integraram o suposto ‘quadrilhão do MDB‘. Após ouvir as testemunhas de acusação, o magistrado considera ser ‘imprescindível’ ouvir o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria da Presidência da República). A denúncia foi oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e acabou enterrada para Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha após votação na Câmara. Eles poderão voltar a responder pela acusação após o fim do mandato. Aos personagens do ‘quadrilhão’ que não têm foro, o processo continua tramitando na Justiça Federal de Brasília. Entre os réus estão os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures e o amigo do presidente, coronel João Batista Lima Filho. No âmbito da ação, o juiz federal decidiu. “Do mesmo modo, a par de que o MPF e o réu Rodrigo dos Santos da Rocha Loures, além de outros denunciados em suas respectivas respostas, fazem referências ao Exmo. Senhor Presidente da República Michel Temer, bem como aos ministros Wellington Moreira Franco, Eliseu Padilha, e, ainda, a Joesley Batista, também tenho como imprescindíveis os seus testemunhos, em data a ser designada para depois da oitiva das testemunhas da acusação”. “Ainda com escopo de se imprimir andamento rápido à ação, adiantem-se as partes a quesitação para oitiva do Exmo. Senhor Presidente da República Michel Temer, intimando-as (MPF e Defesa) para que a apresentem, no prazo de 15 dias. Após as perguntas das partes, este juízo consignará as suas respectivas indagações (se não exaurientes as perguntas feitas)”, escreveu.
Estadão Conteúdo
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